quarta-feira, 26 de março de 2008

O crime não compensa


A mensagem bíblica trás nos "Dez Mandamentos" ensinamentos que devem nortear o comportamento humano. Se fossem cumpridos, viveríamos uma sociedade justa, de paz e harmonia. Contudo, na prática vemos a prevalência das atitudes más. Da cobiça, da inveja, do ódio e da corrupção dos valores éticos e morais.

As cadeias estão lotadas. Outros tantos inquilinos não estão lá, um pouco pela falta de espaço no sistema carcerário, outro, por ineficiência da lei que permite válvulas de escape a sábios advogados, que livram poderosos da prisão.

Não tenho a pretensão de mapear as causas do crime, mas é notório que nossos governantes contribuem para que ele se prolifere. Os investimentos são mal geridos e aplicados em questões menos fundamentais. A preocupação maior está em mostrar resultados que tragam benefícios eleitorais. Bilhões vão pelos ralos com projetos que têm objetivos funestos, enquanto crianças e idosos morrem em hospitais por falta de recursos. Mães desesperadas vêem seus filhos chorar e não ter o alimento para servir, entre tantas outras mazelas.

Chego a ter pena dessas pessoas que desviam recursos públicos em detrimento de pobres miseráveis, um dia serão responsabilizados por isso. “A quem muito é dado, muito também será cobrado”.

Se as pessoas controlassem seus impulsos, certamente não cometeriam crimes.

Quando alguém rouba é porque alimentou em seu coração o desejo de possuir algo, sem a paciência de esperar e conseguir por meios lícitos.

Também se livra da prática do delito quem evita as más companhias. Algumas conversas são encorajadoras, tanto para o bem, quanto para o mal.

Se quer ser bem sucedido em seus projetos, procure aproximar-se de pessoas que lhes dará essa condição, ainda que seja apenas um sorriso como incentivo a prosseguir na sua luta.

Isso não quer dizer que deva fazer acepção de pessoas. Às menos favorecidas, seja o incentivo que precisam para chegar ao seu estágio. Mas, a elas você vai apenas fornecer; não receba o que elas têm, senão, regredirá.

O crime não compensa. Outra vez digo: o crime não compensa.

Não se iluda com as coisas fáceis que vêm de forma fraudulenta. Nem com vinganças que geram mortes. Elas não restituem o que as motivou.

Só sabe o valor da liberdade quem a perdeu. Mas, um exercício é muito eficaz para que se tenha a noção do que é perder algo muito importante.

Toda vez que você cogitar em sua mente uma ação que pode trazer desdobramentos negativos, faça o seguinte: Imagine algo que goste muito. Um doce, uma pessoa, um hobby, sexo, viagem, seja o que for. Então, após imaginar isso, proponha em sua mente que ficará sem ela por um período. Pode ser por um tempo mínimo. Um ano, por exemplo. Acrescente ainda que essa decisão vai causar um mal estar em sua família e amigos. Pode inclusive sair no jornal. Pessoas que nem te conhecem irão te julgar dizendo coisas absurdas ao seu respeito. E, por causa disso, terá que conviver, confinado em um ambiente, com pessoas que nunca viu antes. Com costumes diferentes do seu. Com regras mais rígidas que as que se recusa a obedecer e com punições que podem chegar à morte. E, se ainda assim, você conseguir se livrar, restarão como conseqüência seqüelas que lhe acompanharão para o resto da sua vida, inclusive de rejeição por parte da sociedade.

Depois de refletir sobre isso, que na verdade é muito inferior ao que acontece na prática - a teoria sempre está distante dela - eu pergunto: você acha que vale a pena cometer um delito?

Ah! Outra lembrança. Nunca aja contando com a sorte. Ela é abstrata e muito rara. Aparece quando não estamos esperando, logo, quando contamos com ela, certamente falha.


PS. Esse texto está inserido no livro que estou escrevendo, com o título: Rota dos Destinos.

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Um comentário:

  1. Bom post, estou fazendo uma referência dele no meu artigo de amanhã.

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