quinta-feira, 17 de abril de 2008

Rota da saudade

Os policiais militares veteranos do 1º Batalhão de Polícia de Choque promovem encontros para reverem os ex-companheiros de Rota. São eventos realizados pelo Grêmio “Boinas Negras”, criado em 1993, que tem como objetivo reunir policiais militares que tenham servido naquele batalhão.


“O grêmio nasceu da necessidade de agregar os companheiros do Batalhão Tobias de Aguiar”, afirma o tenente coronel da reserva Antonio Bezerra da Silva, que é um dos idealizadores e preside os “Boinas Negras”.


Periodicamente eles reúnem a turma, como fizeram neste sábado (14) em uma chácara na cidade de Mairiporã, na grande São Paulo.


Por volta das 09h00 foram chegando os primeiros convidados. O cabo reformado Gilberto Barra, que faz parte da diretoria, foi recepcionando a todos e atualizando os endereços. Apesar de vir muita gente por convite feito boca a boca, a maioria vem por meio de correspondências que recebem em suas casas.


Cada colega que chegava era motivo de brincadeiras. Como a maioria já está na inatividade, foram grandes as transformações de alguns. Barbas, cabelos longos, calvície, rugas, sendo tudo motivo para algum comentário.


Várias gerações estavam presentes: entre os oficiais, os coroneis Profício, Pazelli, Olavo, Gonçalvez; tenentes coronéis Lísias, Possebom, Nakaharada, Telhada, Mascarenhas, Bernardes; Major Luiz Carlos; capitão Conte Lopes; tenentes Garcia, Vagnão, Jackson, Justi entre outros. Das Praças, os subtenentes Edson, Valente e Brígido; os sargentos Everaldo, Menin, Estevão, Wilson, Lemos e também os delegados da Polícia Civil Santos e Solano e o investigador Gilberto, que trabalharam na Rota e hoje estão na co-irmã e muitos outros, totalizando cerca de 200 pessoas.


Houve uma partida de futebol amistosa e depois foi servido um churrasco, que se prolongou até o início da noite.


O coronel José Francisco Profício, ex-comandante geral da PM (de 26/1/94 a 31/12/94) e um dos primeiros comandantes de Companhia de Rota, emocionado, relatou a satisfação de estar naquela confraternização e poder rever antigos companheiros.


Para o tenente coronel Bezerra, que ingressou na Corporação na graduação de soldado em 1967 e passou para a inatividade em 1995, o grêmio possibilita falar com liberdade das memórias vividas na corporação pelo fato de todos serem da mesma origem. “Tem experiências que nós vivemos que só quem já passou vai entender”, concluiu.


A alegria e o saudosismo predominantes foram a tônica deste encontro que promete muitas emoções para os próximos eventos.

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