Desde pequeno fui criado num convívio musical. Meu pai era saxofonista amador, mas seu amor pela música acabou nos alcançando também. Como autodidata me iniciei no violão e depois no cavaquinho. Logo percebi que também queria fazer as minhas músicas, e assim descobri que tinha o dom para tal.
Em 1996 gravei um CD. Todas as composições eram de minha autoria. Eram canções que falavam de amor, basicamente. Porém, por falta de oportunidade para divulgar o trabalho, sequer mandei fazer as cópias. Guardo comigo até hoje a matriz que não foi reproduzida.Em 1997, quando trabalhava no policiamento, comecei observar que não existiam canções que retratassem a rotina policial senão para depreciar os profissionais responsáveis por esse trabalho. Então decidi mudar esse quadro. Gravaria um CD só com músicas sobre o tema.
Enquanto projetava esse trabalho, descobri que seria muito bom ter um parceiro. Então a escolha de um não foi difícil, já que anteriormente o Capitão Rivaldo já tinha sido meu parceiro em algumas canções. Falei com ele que aceitou de imediato.
O resultado foi o lançamento do CD “De Polícia”, em 2000, que teve uma repercussão muito boa na mídia e nos quartéis. Foram vendidos cerca de 5 mil CDs, de forma artesanal.
Com a passagem para a reserva, meu parceiro decidiu priorizar outros projetos, então segui o meu caminho.
O que me move lançar o próximo CD, que se arrasta numa novela de quase 4 anos, são as mensagens que recebo quase que diariamente para continuar nessa caminhada de apoio aos policiais, através da música. Algumas estão aqui no blog em depoimentos.
O meio artístico é muito difícil. As lições de comprometimento, lealdade e disciplina que aprendi no quartel nem sempre são aplicadas no show business. Logo, o que foi acertado numa reunião cheia de boas intenções, não vale nada no dia seguinte.
O lado bom da minha experiência artística é que a exerço por objetivos idealizados. Essa é a minha satisfação. O meu sustento não depende dessa atividade. Porém, não posso bancar esse ideal. Por isso a busca por parcerias, que felizmente tem surgido.
Já tenho a nova data para lançar o “Profissão Coragem”. Mas aviso apenas no dia em que chegar as caixas de CD, direto da Zona Franca de Manaus.
Como policial sirvo a sociedade. Como músico, aos policiais.
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