Valorizo muito uma amizade. Ter um amigo é ter um bem muito valioso. Por isso quero falar da minha amizade com o Capitão Rivaldo.
A gente se encontrou pela primeira vez numa roda de samba na Associação Desportiva Polícia Militar (ADPM), no Bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Ele aproveitou uma daquelas paradas para “molhar a palavra” e pediu para que eu tocasse “Stairway to heaven”, do Led Zeppelin. Como a música tem esse poder de aproximar as pessoas, em pouco tempo estávamos enturmados.
A segunda vez que a gente se encontrou foi na pizzaria de dois amigos que temos em comum. Eu estava com o pessoal da Rota fazendo um samba quando ele chegou com a sua família.
Depois nos encontramos de passagem na Praça da Sé, ambos de serviço, numa manifestação grevista. Como ele estava fardado, não reconheci. Tempos depois disse que me achou metido.
Em 1992 eu trabalhava na PM5, no setor de vídeo, quando chegou o Tenente Rivaldo para comandar a seção. Foi uma das épocas mais criativas e produtivas do setor. Nasceu ali uma afinidade profissional tão grande que, inevitavelmente, se estendeu para uma amizade sincera que tem atravessado os anos.
Sempre nos portamos de forma que a nossa amizade não interferisse no trabalho. Então, mesmo sendo parceiro de composições e apesar de um já ter chorado no ombro do outro, nunca tivemos problemas nessa relação superior/subordinado. Aprendi muito cedo que um amigo não prejudica o outro.
Temos também muita afinidade musical. Já fizemos música até por telefone.
Quando eu estava fazendo a música “Meu Herói”, em homenagem ao meu tio, o, agora major, Rivaldo estava passando para a reserva. Então acrescentei mais uma parte em sua homenagem: “Não fique triste não, você é um vencedor... E o meu desejo é que enquanto aqui estiver eu consiga ser igual a você”.
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