quarta-feira, 14 de maio de 2008

Anônimo? Quem?


Há muito tenho observado, tanto no orkut quanto nos blogs, pessoas manifestarem suas opiniões por meio do anonimato. Percebo que são os mais exaltados. Dizem coisas que só Deus não duvida.

Eu me recuso a aceitar no meu perfil do Orkut pessoas que exibem fotos de marginais mortos. Que escrevem mensagens de afronta a criminosos. Mas, não tem coragem de colocar seu nome verdadeiro e muito menos a sua foto. Fico pensando, que mérito há nisso?

Não convence ninguém da sua valentia, quem adota esse procedimento. O que dá mais gosto é poder dizer na cara do cidadão que você não concorda com suas idéias e atitudes.

Por outro lado, existe o risco de ter que pagar um preço, ao emitir suas opiniões de forma franca. Logo, anonimato é covardia, é assumir o medo de não querer pagar o preço., então, descredencia a coragem do anônimo.

Eu sempre fui seduzido pelo desafio de poder falar as minhas verdades. Quem me conhece sabe do que já fui capaz de dizer às pessoas que se posicionaram como “senhores da razão”, quando não habitava coerência em suas palavras. Nessas horas, não costumo fazer distinção de grau hierárquico. Independente do local que ele ocupa, o incoerente tem que saber que não está convencendo.

O Blitz Policial andou aborrecido com o que ele chamou de revanchismo de algumas praças. Disse inclusive que as manifestações têm caráter subversivo contra postos de comando.

Da mesma forma que sabemos que a imagem das polícias militares representa para alguns cidadãos a lembrança da ditadura militar, a imagem de alguns oficiais também está associada a orrogância, prepotência e autoritarismo. Fomentar essa discussão aqui no blog é como assoprar um carvão incandescente, vai incendiar. Então, muitas pessoas vão querer tirar uma casquinha e dar sua cacetada. Volto a dizer, não aprovo esse tipo de manifestação anônima. Pra mim não tem valor algum.

O companheiro da Bahia ficou irritado com a torcida contra, mas logo vai se acostumar. Nós, policiais, viemos jogando com torcida contra. O que ele tem razão de reclamar, e não podemos concordar, é com a falta de respeito e a afronta desleal.

Devemos debater idéias na busca de soluções para a segurança pública. Mas, com respeito ao próximo, que deve ser peculiar a todos os policiais. E não afrontando companheiros que ocupam posições diferentes na hierarquia. Isso é molecagem.


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