terça-feira, 21 de julho de 2009

História da Rota

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Com o advento da República o então Corpo Policial Permanente foi, em 1º de dezembro de 1891, dividido em quatro Corpos, passando a denominar-se Força Pública, momento em que o batalhão foi chamado de 1º Corpo Militar de Polícia, cuja missão era manter a tranqüilidade, auxiliar a justiça e defender as Instituições Republicanas.

Após inúmeras denominações, passou a ostentar, a partir de 15 de dezembro de 1975, seu nome atual. 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar.

Marcando, desde a sua criação, a história desta nação, este Batalhão teve seu efetivo presente em inúmeras operações militares, sempre com participação decisiva e influente, demonstrando a galhardia e lealdade de seus homens, podendo ser citadas , dentre outras, as seguintes campanhas de Guerra:

Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;

Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;

Guerra de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;

Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;

Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;

Golpe de 1964, quando participou da derrubada do então Presidente da República João Goulart, dando início ao regime militar com o General Castelo Branco;

Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca.

O Quartel

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O Batalhão Tobias de Aguiar, criado em primeiro de dezembro de 1891, foi o terceiro Quartel construído no então Corpo Policial Permanente. Projeto de autoria do notável arquiteto Ramos de Azevedo e inspirado na arquitetura militar francesa, de estilo surgido na Europa, na primeira metade do Século XIX, com o nome de “Estilo Pós-Napoleônico”. Teve como modelo um Quartel da Legião Estrangeira Francesa no Marrocos.

Em seu subsolo há uma rede de túneis que faziam ligações com os quartéis vizinhos e com a estação ferroviária.

O material para sua construção veio de diversas partes do mundo: telhas da França, tijolos da Itália e pinho de Riga, na Letônia.

Atualmente, o prédio é patrimônio histórico e está tombado pelo CONDEPHAAT.

Além do túnel, há a chaminé, situada do lado externo, próximo ao prédio, que serviu de referencial, durante a Revolução de 1924, contando hoje com marcas de disparos de canhões em quatro pontos.

Brasão do Batalhão Tobias de Aguiar


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Criação: Decreto Nº 20986 de 1º de Dezembro de 1951. Escudo: Bicudo, em estilo francês esquartelado. Seu Significado:

1º Campo - Superior Esquerdo: Em goles (vermelho), que simboliza a audácia, grandeza e espírito de luta, cinco asas de águia em santor que é o símbolo da rapidez nas expedições militares, em ouro que simboliza o esplendor, a soberania e a constância.

2º Campo - Superior Direito: Em ouro com duas faixas diminuídas que simboliza o cinto do cavaleiro, abaixo destas, três flores-de-lis de goles (vermelho), na parte inferior, um escudo em fundo branco que é a simbologia da pureza e do ideal, uma águia em sable (negro) e a direita outras três faixas em sinople (verde) que é a simbologia da vitória, honra e civilidade.

3º Campo - Inferior Esquerdo: Em ouro, cinco merletas em santor que simboliza a indicação dos inimigos vencidos em batalhas, em sable (negro) que é a simbologia da simplicidade, sabedoria, ciências e honestidade.

4º Campo - Inferior Direito: Em ouro, uma águia de goles (vermelho) e membrana de negro, que é a simbologia do poder, da vitória e da prosperidade, o que identifica o apelido dos AGUIARES e do 1º Batalhão de Choque "TOBIAS DE AGUIAR".

ROTA - A História dos Boinas Negras

Este grupo iniciou-se a se destacar ao sufocar o foco guerrilheiro rural atuante no Vale do Ribeira, com a participação ativa do então denominado Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”.

Os remanescentes e seguidores, desde 1969, de Carlos Lamarca e Carlos Marighella continuam a militância na capital de São Paulo e na Grande São Paulo. Ataques a quartéis e sentinelas, assassinatos de civis e militares, seqüestros, roubos a bancos e ações terroristas.

Mais uma vez dentro da história, o Primeiro Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE AGUIAR”, sob o comando do Ten Cel. Salvador D'Aquino, é chamado e, desta vez, no combate à guerrilha urbana.

Havia a necessidade da criação de um policiamento enérgico, reforçado, com mobilidade e eficácia de ação. Incumbe-se à 2ª Cia de Segurança do Primeiro Batalhão Policial Militar, exclusivamente de Tropa de Choque, a iniciar o Patrulhamento Ostensivo Motorizado no Centro de São Paulo.

Surge então o embrião da ROTA, a Ronda Bancária, que tinha como missão reprimir e coibir os roubos a bancos e outras ações violentas praticadas por criminosos e por grupos terroristas.

Em 15 de outubro de 1970, este “embrião” passa a denominar-se Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – ROTA. É instalada na sede do “Batalhão Tobias de Aguiar” a central de comunicações com a finalidade de apoiar as viaturas em serviço.

No dia primeiro de dezembro de 1970, data do aniversário do “Batalhão Tobias de Aguiar”, foi apresentada ao público uma inovação que viria caracterizar ainda mais os Policiais desta Unidade: a Boina Negra.

Um policiamento especializado, criado para atender todo tipo de ocorrência, em especial as que o policiamento comum não tinha condições de fazê-lo.



crédito: informações e fotos extraídas do site do 1º BPChq

17 comentários:

  1. Fico muito triste com alguns atos da policia sabe poxa vida um dia eu andando no centro da minha cidade em sao bernardo do campo sp
    fui abordado por policiais da rota desconfiarao de mim so porq eu estava vestido em uma jaqueta bem robusta mandarao eu deita no chao na frente de todo mundo mo humilhaçao praque isso pergunto e eu n devia nada no final pedirao desculpas e disse que isso jamais iria acontecer novamente triste viu

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    1. Você quer que ele chegue com beijinho na nuca e massagem nas costas? A policia não tem obrigação de conhece-lo e ela deve sim, chegar com imposição e deixa-lo amedrontado, afinal, se for bandido, não vai tentar reagir.

      E se reagir...

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    2. AS vezes esse seu casaco robusto poderia ter uma arma nele ,o policial não sabe quem você é e nem menos que ação voce pode tomar , por isso abordagem desse jeito , doutrina policial .

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  2. Sou jovem (19) e sinto em meu coração o enorme desejo de ser um Policial Militar, porém, chegar à ROTA. Um sonho que realizarei. Homens de valor, de coragem, um lugar reservado aos heróis. Que Deus lhes abençoem para que obtenham sucesso, de quaisquer maneiras, mas sucesso em suas atividades.

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  3. Anônimo,

    A abordagem policial faz parte do serviço e tem amparo legal. Precisamos saber quais foram as reais condições. Mas posso garantir-lhe que o critério para as abordagens são rigorosos.

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  4. Muito bom o seu blog, as musica é muito boa também, um dia eu vou entra na rota ainda, é vou vem falar que eu entrei pra você.

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  5. bom dia Sargento LAGO. parabéns à totos da Corporaçâo porque ser um Homen da Rota nâo e fasil vcs sâo verdadeiros Guereiros, que DEUS possa guarda vcs eternamente e que nada de errado, nas Ocorrençias do dia dia

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  6. Dentro deste novo conceito de "direitos dos manos" até mesmo a ROTA tem tido problemas para manter a segurança de seus homens em operações, já que o afastamento de policiais após combates com baixas de meliantes sejam quase sempre necessários e obrigatórios , isso qdo não se é lotado no serviço burocratico do BTA. Isso é lamentável, pois coloca em risco o PM ante seu revide na hora fundamental e não como ultima hipotese, como se é feito hoje em dia. Bandido bom é bandido morto.

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  7. SOU SD.PM.TEMP., E TENHO MUITA VONTADE DE INGRESSAR NA ROTA. ESTOU FAZENDO O POSSÍVEL PARA QUE ISSO ACONTEÇA. PARABÉNS PELO BLOGGER!!!

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  8. Muito obrigado pela visita. Grande abraço.

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  9. Boa noite Sargento Lago e todos que visitam o blog!

    Hoje abriu o edital de mais uma etapa para o TAF da PM de São Paulo, meu nome está lá (Graças a Deus), e tenho muita fé e perseverança que vou passar no concurso e me tornar um policial militar, e um dia serei da ROTA.
    Quanto aos comentários que dizem a respeito das abordagens policiais, concordo 100% com a conduta, pois sempre dizem: "Eu não devo nada e me tratam como bandido", mas o policial nunca sabe quem é bandido ou não, quem está armado ou não, por isso que, depois que foi verificado a situação do indivíduo, viu que não está com nenhum QRU, daí sim a conduta pode ser diferente. Tanto que das vezes que fui abordado e tive arma apontada na cara, nunca me senti mal por isso.
    Tenho meu pai, amigos e muitos parentes policiais, e pelo que eles falam, não é fácil esse pensamento que a população tem da polícia.

    Sargento, parabéns pelo trabalho que você faz, as músicas...
    Inclusive mandei um e-mail pra você, pois gostaria muito de comprar o seu CD.

    PEC 300 - EU ACREDITO!!!

    Grande abraço

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  10. Meu grande sonho é ser um policial da Rota, tenho 17 anos, vo estuda e me esforça muito pra conseguir realizar esse sonho (Y)

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  11. Meu grande sonho é ser um policial da Rota
    se Deus quiser eu vo ser

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  12. Ajudar a derrubar um presidente eleito e apoiar a ditadura militar, além de perseguir seus opositores não deveria ser motivo de orgulho para a ROTA.

    Dito isso, admiro a coragem e bravura dos policiais da ROTA. Creio que não existe polícia igual a ela.

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  13. Concordo, também acho que não é motivo de orgulho, mas que deve constar apenas como história.

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  14. Eu respeito e admiro o trabalho destes grandes "Heróis urbanos".Porém desqualifico-os quanto aos casos de execuções, principalmente de crianças e jovens.Eu até entendo que em alguns casos até seja por defesa própia ou necessidade pelo porte de armas letais destes indivíduos.No entanto, mesmo após matar tantas pessoas, os soldados da ROTA deveriam medir o gatilho antes de pressioná-lo para qualquer lugar.Dito isto, acho q sua reestruturção foi um dos poucos trunfos da era Maluf em São Paulo. Um abraço de apoio e agradecimentos pela bela matéria.
    E a título de curiosidade, Tobias Aguiar era amante da mulher de Dom Pedro, e inclusive casou-se com esta após sua morte!

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