Todos querem ser felizes no amor e ter muitos amigos. De fato a vida fica muito melhor com eles. Mas tratam amigos e amores com o mesmo descaso, logo são susceptíveis aos mesmos tratamentos.
De que vale um relacionamento amoroso em que ambos não se entregam à relação? Se não houver comprometimento mútuo, de fato nada vale.
No convívio social está tornando-se padrão de comportamento pessoas não cumprirem combinados e no dia seguinte fingirem que nada há de errado. De tão comum, alguns reproduzem a má atitude em suas relações de amizade.
Prometeu, cumpra. Teve dificuldade, avise. Mas não adianta ficar se justificando de forma contumaz.
Depois de tantas promessas não cumpridas de chegar para o jantar, o marido não pode reclamar se no dia em que resolver cumpri-la o fogão estiver desligado e a mesa vazia.
Da mesma forma, o amigo que sempre deixa a turma esperando não pode reclamar quando não for mais convidado.
Para quem quer viver uma vida de mediocridade, certamente vai se acercar de pessoas semelhantes, que vão entre si dar e tomar bolo.
Para ter amores e amigos numa relação de qualidade, com evolução em todos os sentidos, é preciso que haja uma postura de respeito mútuo ou certamente não usufruirá desse convívio tão necessário em nossa peregrinação.
As pessoas não são descartáveis. Ninguém é suficientemente pobre que não tenha nada a oferecer. Se o infeliz estiver na mais profunda miséria, ainda assim poderá um dia dar conselhos a alguém que, no infortúnio, necessite saber como sobreviver naquela condição. E ainda oferecer o ombro para consolo.
É muito triste ver um velho amigo tornar-se distante. Ou antigos namorados se cruzarem como desconhecidos.
Amores e amigos vêm e vão. As boas relações permanecem.
*Texto publicado originariamente na coluna do Sargento Lago no Portal Stive
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