Programei a minha chegada ao Pará exatamente para coincidir com dois grandes eventos religiosos: O Congresso da União dos Militares Cristãos Evangélicos do Brasil (UMCEB) e o Círio de Nazaré.
Na sexta, dia 30 de setembro, as 23h10, cheguei a Belém, recepcionado pelo professor Sérgio Franco e Marcos Carvalho.
Cansado da viagem, que havia começado no dia anterior em Rio Branco, no Acre, com a permanência durante o dia em Porto Velho, Rondônia, fui direto a um hotel na região comerciária da cidade e dormi. O cansaço era tanto que não me recordo se jantei naquela noite.
Ao amanhecer me orientei como chegaria a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que recentemente comemorou o seu centenário de fundação e de onde se iniciou a denominação no país, e segui para lá.
Com o tema “Porque, se a trombeta der o sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” (1 Conríntios 14:8), militares de todo Brasil participaram de palestras e cultos entre os dias 29/9 e 2/10, com o objetivo de fortalecer a espiritualidade e propagarem a fé cristã.
Das caravanas vindas de outros Estados, a de São Paulo, organizada pelos PMs de Cristo, era uma das maiores, com cerca de 160 pessoas. “Além de permitir uma confraternização entre 5 mil militares cristãos do Brasil, o congresso permite o compartilhamento e a troca de experiências de boas práticas e de temas que envolvem diretamente a família policial, como suicídio, estresse, violência, questões familiares...”, comentou o Capitão Joel Rocha, presidente da entidade paulista. “Deus está usando as Polícias Militares e as Forças Armadas para mobilização da igreja cristã evangélica no Brasil para oração pela nação”, completou o Tenente Coronel Terra, o vice-presidente.
Na segunda-feira, dia 3, estive no Quartel do Comando Geral e recebi informações sobre a PM paraense do major Carmo, assessor de Comunicação Social.
Por volta das 16h40 fui recebido pelo Comandante Geral, Coronel Solano, que almoçava naquele momento. “Me desculpe aí, mas só agora estou conseguindo almoçar”. Também disse duas frases que mostram um pouco a sua forma de comandar. “A fome passa, eu sei que não é correto, por uma questão de saúde, mas a preocupação maior é com a saúde da população”. “Eu não vou cobrar nada de ninguém enquanto eu não entender que o que eu tenho que fazer como dever de casa não foi feito. Porque, se eu fizer o dever de casa não vou precisar cobrar nada de ninguém”.
Na quarta-feira, dia 5, segui para Soure, na Ilha de Marajó, e lá fui conhecer o policiamento com búfalos realizado pelo 8º Batalhão, desde 1992. O animal foi escolhido pelo maior poder de tração para se locomover em região pantaneira. Constatei isso na demonstração que fizeram os Cabos Vitelli e Cassiano.
De volta a Belém, na sexta-feira, dia 7, acordei cedo para acompanhar a romaria do 29º Cirio da Polícia Militar do Pará.
Foi celebrada a Santa Missa, às 7h30, no Santuário de Fátima, pelo Capelão da PM, Coronel Eloi Wayth e depois os fiéis seguiram um percurso de cerca de 8Km em direção ao Quartel do Comando Geral.
No trajeto, muitas pessoas enfeitaram suas casas, teve queima de fogos, cantorias, homenagens emocionadas, numa demonstração de fé que nem o sol e o forte calor conseguiram desmotivar os participantes.
O Coronel Solano, devoto da santa, acompanhou toda a procissão, que finalizou por volta das 11h00.
“O PM não é só o homem que atua na segurança, mas, sobretudo o homem que é família; um homem de fé e de oração”, Concluiu o Padre Elói.
Seguindo para o Amapá, ainda no aeroporto de Belém, encontrei o Coronel Mascarenhas, ex-Comandante geral da PM da Bahia, que veio à cidade para participar do Círio. Ele estava acompanhado do Coronel Vieira, ex-Comandante Geral da PM do Pará e ex-presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais. “Vim agradecer a Nossa Senhora de Nazaré pelo comando que nós fizemos na Polícia Militar da Bahia”, disse o Coronel Mascarenhas.
Segui viagem com uma certeza: a fé que move o Pará também move os policiais militares.
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