terça-feira, 11 de novembro de 2008

Está escrito



Ao longo da vida, cada um vai escrevendo a sua história. O que não falta na Polícia Militar são histórias. Uma delas é a do soldado Aílton Tadeu Lamas, 44 anos de idade e 22 de PM.

Começou se notabilizar quando auxiliou na realização de um parto. Tempos depois fez outro auxílio, depois mais outro, mais outro até chegar a um total de 14 partos. Embora dados atuais já computavam o 15º caso.

Ficou conhecido, deu muitas entrevistas, mas não saiu da sua rotina. A rotina de policial militar, patrulhando as ruas da cidade.

Era casado e tinha dois filhos. Também era amigo de todos. Levava uma vida tranqüila.

Na última sexta-feira, dia 7, após ter sido escalado por dois serviços na Base Comunitária do Tremembé, solicitou que fosse conduzido de volta ao patrulhamento. Por ser um bom policial, teve seu pedido atendido.

No início da tarde uma ocorrência de roubo a banco em Guarulhos teve seus desdobramentos pela Zona Norte da Capital e acabou culminando com a morte do PM Lamas.

Foi o lado triste do juramento. Não bastaram as vidas que ele ajudou trazer ao mundo, mas também foi exigido o sacrifício da própria vida.

Foto: Dalila Penteado, site SSP.

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