terça-feira, 12 de julho de 2011

Polícia Militar do Amazonas

Cotidiano em Parintins/AM

Policiamento em Parintins

Iniciei o Projeto Polícias Militares do Brasil na Região norte do país pelo Amazonas. A escolha foi para aproveitar a realização do Festival Folclórico de Parintins.

Cheguei a Manaus no dia 16 de junho, às 5h35 da manhã, após ter saído no dia anterior, por volta das 15h00, da cidade de Açailândia, no Estado do Maranhão, rumo a Belém/PA, de onde saiu o vôo que me levou à capital amazonense.

Nessa região do país os trajetos são mais longos e o transporte é feito de avião ou barco. Ambos requerem paciência quanto ao tempo.

No barco há viagens que duram até uma semana. Na parte aérea, a maioria dos vôos tem escalas que transformam trechos de duas horas em até dez horas.

Contudo, chegar a Manaus foi um momento especial. Ver a movimentação das pessoas no porto chamou muito a minha atenção. A cidade também é bonita e interessante. O calor, nem tanto.

Após contar com o excelente apoio do Major Marcello, que gentilmente fez contato comigo via blog. colocando-se a disposição, defini minha viagem à Parintins num vôo da Força Aérea Brasileira, junto com os policiais da Casa Militar.

Antes, porém, fui ao estúdio da TV Boas Novas conhecer o programa da Polícia Militar do Amazonas, “Polícia Presente”, que há três anos é levado ao ar diariamente ao meio dia, com duração de uma hora, e que alcança todos os 62 municípios do Estado.

Além dos profissionais da emissora, cerca de dez policiais trabalham na produção atendendo cerca de 80 ligações, por programa, com solicitações da população que são encaminhadas para as devidas providências.

“Quando sai uma notícia sobre a Polícia Militar no jornal que não é verídica, nós damos a nossa resposta “no ar”, imediatamente”, comentou o Major Hermes Silva, um dos apresentadores do programa.

Em Parintins vi uma cidade em festa e dividida entre o azul e o vermelho, cores dos bois Caprichoso e Garantido, responsáveis pela festa do Boi bumbá, do folclore amazonense, inspirado no Bumba meu boi, do Maranhão.

Pessoas vindas de várias partes do país e do exterior e, que triplicavam a população da cidade, disputavam espaço nas ruas com triciclos, motos, carros e barracas dos camelôs.

O sol e o calor também marcaram presença. Eu não consegui ficar mais que duas horas na rua durante o dia. Retornava para a casa onde fiquei hospedado e que tinha ar condicionado, tomava banho, descansava e depois retornava.

Para se juntarem ao efetivo já existente na cidade, a PM do Amazonas transportou em barcos e aviões cerca de 700 policiais de Manaus.

O Canil não levou os animais devido a exigência das vacinas dos cães, e a Cavalaria contou com os animais de Parintins, de porte inferior aos existentes na Capital.

Com um policiamento atuante e marcando presença em todos os cantos da cidade, a festa transcorreu sem nenhuma ocorrência grave.

No aeroporto de Manaus, quando ia para Boa Vista/RR, conheci o Capitão Morrilas, acompanhado da esposa, grávida de quatro meses, e do filho de oito anos, em mudança para Labrea/AM, localizado ao sul do Estado, onde foi designado pelo comandante geral para comandar uma companhia. Enquanto aguardávamos nossos embarques, conversamos sobre as dificuldades que ele e família encontrariam no local e as motivações para aceitar o desafio.

Ao retornar do Estado de Roraima, rumo ao Amapá, obrigatoriamente terei que voltar à Manaus. Então, irei conhecer o trabalho da Polícia Ambiental e também ver de perto o encontro dos rios Negro e Solimões.

Major Hermes Silva, da PM5

Hora do almoço em Parintins

Bumbódromo

Polícia Militar faz segurança dentro e fora do Bumbódromo

Soldados Claudio Oliveira e J. Binda, do Canil

Soldado Jocely Campos, da Cavalaria

Capitão Morrilas e família: desafio

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nordestino: povo gentil!


Cb Robervaldo, Cel Carvalho e TC Sales Júnior e Ten Matilde

Ao concluir a primeira das cinco Regiões do Brasil, sinto tamanha gratidão ao ponto de não esperar a conclusão do trabalho para já registrar a gentileza do povo nordestino.

Logo no início, em Salvador, fui apresentado ao Soldado Cunha, da Rondesp, alegre e contador de causos, conhecido como “Bob Rato”, que franqueou o seu carro, caso eu necessitasse.

Em Sergipe conheci o Sargento Feitosa, em Canindé de São Francisco, que me levou pra almoçar com a sua família no último dia do ano, e comer o peixe Cari, que ele mesmo limpou e a esposa preparou.

Esse contato não restringiu apenas durante o período da visita. Periodicamente o Feitosa me liga para saber por onde e como estou.

Em Alagoas o Tenente Henrique ofereceu-me carona e me levou a Maragogi e trouxe de volta a Maceió.

Ainda em Maragogi, o Cabo Filho fez vários passeios comigo lá, além de viabilizar um excelente almoço.

Em Pernambuco fiquei hospedado na casa do Capitão Assis, que também não economizou gentilezas.

Na Paraíba fiquei surpreso ao saber que o Tenente Coronel Sales Jr, Vice Diretor do Centro de Educação, já conhecia o meu trabalho. Além de cuidar pessoalmente da minha hospedagem; teve a preocupação de conversar com os Oficiais Superiores para falar sobre mim. Também telefonou para os comandantes de algumas Unidades sugerindo que eu fosse proferir palestra e cantar.

Do comandante do CE, Coronel Carvalho, ganhei uma bela camiseta com as inscrições: “Tenho orgulho do que escolhi; Tenho orgulho do que faço; Tenho orgulho do que sou”.

Em Campina Grande o Major João da Mata, comandante da Unidade, me hospedou num hotel. O Cabo Robervaldo me ofereceu um jantar em sua casa.

Indo para Patos, o Capitão Adeilton, que foi me buscar, ao saber que eu não conhecia alguns frutos da região, parou na estrada e comprou Umbu e Pinha para eu experimentar. Alguns quilômetros depois, o seu motorista, Soldado Barboza, aproveitando-se da oferta de vendedores ambulantes que ficam na entrada de cidades, me ofereceu castanha assada.

No quartel de Patos, ao chegar ao alojamento e ver que tinha visita, um Capitão, que infelizmente não tive tempo de saber o nome, imediatamente lavou o banheiro e disse: “Agora está em condições de você tomar um banho e descansar”. Depois localizou o Soldado que sabia da senha da internet e foi buscá-lo na faculdade.

Em Cajazeiras o Capitão Júnior Reis me presenteou com uma camiseta e, aproveitando sua viagem para visitar familiares no Recife, me deu uma carona até Guarabira, embora fosse sair um pouco do seu trajeto, pois, conforme disse, queria ter o prazer de estar um pouco mais comigo.

Em Guarabira foi o comandante da Unidade, Tenente Coronel Ysmar, que solicitou que eu adiasse em algumas horas o retorno à Capital para que pudéssemos saborear uns petiscos na cidade e aproveitar para conversar um pouco mais.

No retorno à João Pessoa os soldados Allyson e Ronaldo fizeram o convite para que eu fosse comer com eles uma “Cabeça de Bode”, aliás único convite que agradeci, pedi desculpas, mas não aceitei.

Ainda na Capital paraibana, contei com o eficiente apoio da Tenente Matilde, do setor de Relações Públicas do Centro de Educação, que não se restringiu apenas as questões institucionais, mas foi uma amiga gentil. Também não hesitou em me oferecer uma bolsa sua, ao perceber que as minhas já não eram suficientes.

No Rio Grande do Norte fui recepcionado pelo Tenente Coronel Mendonça, por indicação do Ten Cel Sales Jr, que mandou me buscar na rodoviária e providenciou minha hospedagem na Academia de Oficiais.

Foi lá, no alojamento, que conheci o Tenente Campos, um carioca radicado no Estado há anos, que me acolheu de forma especial e diferenciada.

Em Natal também tive o prazer de conhecer pessoalmente o Soldado Flávio, jornalista atuante que já acompanhava pela Blogosfera Policial, e fomos lanchar.

Em Caicó o Aspirante Peterson me emprestou o carro para dar uma volta pela cidade.

Em Mossoró, na companhia do Ten Cel Túlio César, cmt do batalhão, e do advogado José Mário, experimentei uma das melhores “galinhadas” da minha vida, que me fez matar saudades das feitas pelo Soldado Gabriel, que trabalhei junto na ROTAC, em Campinas, e que hoje reside em Rio Claro.

No Ceará o Major Albano me recebeu com muita atenção, ao chegar a Fortaleza.

A Casa de Apoio do Tiradentes, time de futebol da PM cearense, e da Associação dos Subtenentes e Sargentos me hospedou por quinze dias, fornecendo inclusive a alimentação.

Em Juazeiro do Norte, cidade que fiquei apenas um dia, ganhei do tenente Thiago a camisa do Tiradentes . Ao embarcar na viatura que me levaria à rodoviária, o Major Saimon, Subcomandante da Unidade, gentilmente me ajudou levar as malas, embora um Capitão tenha se oferecido para fazê-lo.

No Piauí o tenente Coronel Sá Junior cobriu-me de atenção, levando-me inclusive para consertar minha bolsa no sapateiro. Também intermediou o contato com o Coronel Carlos Augusto, Sub Cmt da PMPI, que pagou minha passagem para São Luis, com recursos próprios, como também já havia feito o Ten Cel Mendonça, na minha viagem de Natal para Mossoró.

Finalmente, em São Luis o Cabo Luciano, da Guarda do Quartel, me levou pra conhecer uma casa de reggae e o Tenente Ernane, da Banda de Música, para conhecer o Bumba Meu Boi.

Em Barreirinhas o Tenente Rodrigues viabilizou meu passeio aos lençóis e minha viagem de retorno.

O Sargento Wilson, sobrinho da cantora Alcione, me buscou no quartel, num domingo, e levou pra conhecer a sua turma do bairro onde mora, onde tivemos momentos agradáveis. Na final da tarde emprestou sua moto para que eu retornasse ao quartel.

Pra finalizar, na viagem de São Luis para Açailândia, embora os PMs do Estado tenham direito a gratuidade das passagens, o fato de eu ser da Corporação paulista dificultou a cortesia. Então o Cabo Josevaldo, que trabalha no terminal Rodoviário, interviu de forma convincente e conseguiu pra mim.

Esses relatos externam a minha gratidão e ao mesmo tempo conduzem a reflexão. Essas pessoas ofereceram o que tinham, com o intuito de mostrarem a sua satisfação de receber bem um companheiro. As lições de generosidade e de humildade certamente já valeram a viagem e permanecerão gravadas em meu coração.

Sargento Feitosa (E) e Sd Cunha

Ten Rodriguez (E), Sgt Wilson (C) e Ten Ernane (D)

Sd Barboza e Cap Adeilton, Cap Assis (A), Cb Filho (BE) e Ten Henrique (BD)

TC Ysmar (E), Maj João da Mata (A) e Cap Júnior Reis (BD)

Ten Thiago (E), Maj Saimon (A) e Maj Albano (B)

Cel Carlos Augusto (E) e TC Sá Jr (D)

TC Túlio Cézar (AE), Ten Campos (AD) , TC Mendonça (BE) Sd Flávio(BD)

sábado, 18 de junho de 2011

Maranhão: Nos lençóis desse reggae

Sgt Ruy Maranhão entre os Tenentes Pereira e Ernane
Na foto da direita estão no ensaio do Bumba meu boi com Sgt Sérgio.

Lençóis Maranhenses: perfeição


Minha chegada a São Luis teve as emoções de duas conquistas: Realizar o sonho de conhecer a “Ilha do amor” e finalizar o Projeto Polícias Militares do Brasil no Nordeste.

Admirei a boa estrutura que tem o quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, que no mesmo espaço comporta várias Unidades.

Foi caminhando por suas dependências que fui abordado pelo Tenente Pereira, Contramestre da Banda de música.

Informado sobre a minha visita e da minha atividade musical, queria saber se eu era especialista e aproveitou para convidar-me para conhecer o trabalho deles.

No dia seguinte, logo após o café da manhã fui visitá-los. Estavam exatamente ao lado do refeitório.

Logo que cheguei me apresentou ao mestre, Tenente Ernane, que me lembrou muito o Sargento Manoel, maestro da Banda de Música do 16º Batalhão, na Zona Oeste de São Paulo, nos anos 80.

Conversamos um pouco e logo chegou e foi introduzido na conversa pelos Oficiais o Sargento Ruy Maranhão, destaque no Estado pelo seu trabalho como cantante, compositor, maestro, arranjador de Bumba meu boi. Interessado que fiquei no folclore regional, fui convidado para assistir ao ensaio do grupo Aipon-açu, no domingo.

Assisti ao ensaio da banda, conversei com alguns músicos, entre eles o Sargento Orisvaldo, que também é conhecido como o “Sax de ouro”, com dois CDs gravados e agenda de shows lotada.

Enquanto gravava o ensaio percebi que na alameda passavam policias fazendo o trabalho de equoterapia. Depois fui conversar com eles e saber também sobre importante trabalho.

Aliás, o Maranhão mostrou uma boa relação com pessoas especiais. Em Timon tem um rapaz por nome João, de 24 anos, que freqüenta diariamente o quartel e, conforme informaram os PMs da Unidade, quando ele iniciou as visitas quase não falava. Com a interação com os policiais começou se sentir mais confiante e hoje está tão incorporado que usa a calça e a camiseta da farda e até faz continências.

Na segunda-feira (6/6), fui a Barreirinhas, cidade que tem os Lençóis Maranhenses. Lá estive com os policiais do 5º Pelotão, da 7ª Companhia Independente, que tem o Tenente Rodrigues como comandante.

No dia seguinte fui conhecer os Lençóis.

A dificuldade para chegar, devido a condição da estrada, foi compensada com a beleza natural.

De volta a São Luis, fui apresentado ao Sargento Wilson, sobrinho da cantora Alcione, que trabalha no policiamento de Choque. Dele recebi a camisa da farda da PM do Maranhão que estará exposta futuramente junto as dos demais do país.

Como viajaria no dia seguinte para Açailândia/MA, para de lá seguir rumo ao norte do país, no domingo a noite fui ao reggae roots no Tunel do Tempo, acompanhado do Cabo Valdenor, que estava saindo de serviço da guarda.

Com todas essas informações registradas e armazenadas, finalizei a primeira das cinco regiões do país com o coração cheio de gratidão ao povo nordestino pela gentileza que me recebeu.


Carinho e atenção especiais

Cel PM Franklin, comandante geral da PM do Maranhão

Sargento Wilson, sobrinho da "Marron", ofereceu sua farda

terça-feira, 14 de junho de 2011

Medalha Sesquicentenário da PMGO




Em solenidade que comemorou os 71 anos da Academia da Polícia Militar, na última sexta-feira (10/6), em Goiânia, fui condecorado com a medalha Sesquicentenário da PM de Goiás.

Em razão do meu empenho no Projeto Polícias Militares do Brasil no Estado do Maranhão, já a caminho do Norte do país, agradeci a homenagem e informei que não poderia comparecer, mas fui avisado que receberei pelos Correios.

Meu agradecimento ao Soldado Robson Niedson que tem divulgado meu trabalho junto àquela corporação.

Diploma e medalha Sesquicentenário da PMGO

domingo, 29 de maio de 2011

Recrutinhas do Piauí


Disciplina, a tônica do Pelotão Mirim

O bairro da Matinha, na Zona Norte de Teresina/PI, já foi considerado um dos mais problemáticos devido ao tráfico de drogas. Para evitar que as crianças e os adolescentes que residem no local fossem recrutados para a atividades criminosas, o líder comunitário Mureco, apelido carinhoso que ganhou o senhor Euclides, devido a sua baixa estatura, procurou o Capitão Fábio Abreu, Comandante da RONE- Ronda Ostensiva de Natureza Especial, e assim nasceu o projeto do Pelotão Mirim.

Todos os sábados, das 7h da manhã às 12h, 250 crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos, se apresentam ao quartel para participar do treinamento de Ordem Unida e das aulas de Capoeira, Jiu Jitsu, Taekwendo, Karate, Futebol e Natação.

Ao chegar, entram em forma, cantam o Hino Nacional e fazem a Oração do Pai Nosso. Em seguida iniciam as atividades.

Parece brincadeira de criança, mas Cauã, de seis anos, leva a sério o treinamento de Ordem Unida. Embora seja o último da coluna, executa todos os comandos, sem desviar a atenção.

“Aqui não tem moleza, moleza é na casa de vocês”, fala o Sargento Júlio Cézar, que trabalha no COPOM e todo sábado vem voluntariamente oferecer a sua contribuição. Ele puxa as canções durante a marcha... “Na ordem unida aprendo o meu dever”, e os pelotões repetem... “ E aqui a disciplina é pra valer... Na RONE não tem enrolação... Se eu errar,sou chamado à atenção”.

Uma pequena pausa acontece as 9h30, quando é servido o lanche. Refrigerantes, sucos, bolachas e bolos. Embora existam parceiros do projeto, neste sábado as mães trouxeram, porque alguém não cumpriu com o combinado.

Enquanto alguns ainda estejam comendo, os que já acabaram são separados por modalidade esportiva, conforme sua escolha. Pouco tempo depois todos reiniciam os treinamentos.

Entusiasta do projeto, o professor de Jiu Jitsu Ginkles Lucas, que perdeu o título de campeão pan-americano de 2009 por não ter patrocínio para viajar, diz: - Se eu tivesse dinheiro, apoiaria mais efetivamente os projetos existentes, como não tenho, ofereço o meu tempo. Ginkles, tem uma academia nas imediações e oferece 60 bolsas aos alunos de um colégio público, demonstrando seu compromisso com a comunidade.

O capitão Fábio Abreu trouxe o seu filho João Vítor, de 3 anos, que fica brincando sozinho, já que ainda não idade para participar com as demais crianças.

Embora seja comandante de uma Companhia que atua com freqüência no combate ao crime, entende que a prevenção é o caminho. “Não é porque a gente trabalha junto à comunidade que vai ficar menos operacional”.

O sucesso do Pelotão está na satisfação dos pais. Os que podem permanecem todo o período na arquibancada vendo o treinamento dos seus filhos. “Aqui a gente sabe que eles estão formando cidadãos”, comemora a dona Célia. Pra ela o Pelotão Mirim também ajuda a colocar limites ao filho único, que é o caso do seu filho João Gabriel . “Os pais não sabem dar o limite, aqui o regime é militar, nós ficamos sentados e eles têm que obedecer ao sargento.

Enquanto converso com a dona Célia, ouço a voz do sargento Júlio Cézar.

- Pelotão de preto o que é que você faz?

A resposta é imediata:

– Marcho, estudo, na RONE é bom demais. Pelotão Mirim, RONE, RONE, RONE Piauí.

Contrastando com as notícias que a atividade policial produz, no Pelotão Mirim Matinha a esperança se renova. O semblante no rosto dessas crianças e adolescentes sinaliza o caminho a seguir, o do comprometimento social.

Aula de capoeira

Capitão Fábio Abreu

As crianças levam a sério o treinamento

João Gabriel, filho único

Sargento Júlio Cézar

Natação: calor de Teresina atrai modalidade

Professor Ginkles, campeão pan-americano

domingo, 22 de maio de 2011

Modernidade cearense

Projeto Roda do Quarteirão: Viaturas equipadas

Major Albano: Bom humor cearense

A visita pelo Ceará foi mais curta, apenas 15 dias. Já estava previsto que, em razão do interesse por eventos tradicionais em alguns Estados, haveria a flexibilização da agenda para estar em determinados locais.

Logo ao chegar fui recebido pelo Major Albano, o relações públicas da Polícia Militar do Ceará. Confirmando a fama do Estado de produzir humoristas, brincou comigo: "Bem novinho e já é tenente!".

No clima, ja fiz uma entrevista com ele, que falou da responsabilidade do Porta-Voz de uma corporação.

Definida minha hospedagem, fui encaminhado para a Casa de Apoio da Associação dos Subtenentes e Sargentos.

No domingo, acompanhei o trabalho da PM na decisão do campeonato cearense de futebol. Segui os passos do Capitão Landim dentro e fora do estádio. No final, o Ceará ficou com o título, após vencer o Guarani de Juazeiro do Norte por 5x0.

Na segunda-feira fui conhecer o projeto Ronda do Quarteirão, "carro-chefe" da PM. Vi viaturas Hilux novas e muito bem equipadas e excelente estrutura de comunicação, inclusive com câmeras de vídeo.

Também chamou a atenção o uniforme dos cearenses. Bem desenhado e moderno.

A chuva não permitiu que eu fosse conhecer a sede da Associação Esportiva Tiradentes, que tem o time que disputa a primeira divisão do campeonato estadual de futebol, que é mantido pela doação voluntária dos policiais militares.

Na quinta-feira fui conhecer Jericoacora e suas belezas naturais, um dos locais mais procurados por turistas do mundo todo.

O Cabo Lucinazi e o Soldado Feitoza falaram sobre o trabalho realizado naquele paraíso.

Após o final de semana em Jeri, fui recebido na manhã de terça-feira pelo comandante geral, Coronel Werisleik, e no início da tarde segui para Juazeiro do Norte.

Na terra do Padre Cícero, cheguei por volta das dez da noite e me alojei no 2º Batalhão.

Na quarta-feira, logo cedo caminhei pela cidade, sob calor forte, conhecendo o comércio local. Depois conversei com os Tenentes Thiago e Marcel que falaram um pouco sobre a história do Padre Cícero, líder religioso que viveu de 1844 a 1934 e que, por suas ações assistenciais na cidade, é venerado por muitos.

Também falaram sobre seus anseios e projetos profissionais.

Do Marcel ganhei uma peça do uniforme do Ronda, do Thiago, a camiseta do Tiradentes.

No início da tarde saí com os Soldados Arimatéia e Sá e o Sargento Edson. Fomos a Crato e Barbalha, e também visitamos a estátua do padre famoso. No trajeto eles também falaram sobre a admiração que tem pelo religioso.

Quando retornavamos no final do dia, passamos por um hospital onde estavam definindo a cirurgia do Soldado José Dário de Azevedo Filho, do P2 (Serviço de Inteligência) do batalhão.

No dia anterior ele teve uma crise no alojamento do quartel e ao ser socorrido ao hospital descobriu que referia-se ao problema que tem de malformação artério-vascular. O caso exigia cirurgia de emergência, contudo o policial não tinha o valor cobrado no hospital privado.

Rapidamente todos os companheiros se mobilizaram e em poucas horas conseguiram mais de dez mil Reais, por isso estavam naquele momento confirmando o procedimento.

Emocionado, ao lado da esposa Ione e do filho Azevedo Neto, reconheceu o apoio dos colegas. "É nessas horas que vemos que a Polícia Militar é uma família.

No retorno ao quartel tive tempo apenas de agradecer a receptividade ao Tenente Coronel Paiva e ao Major Saimon, Comandante e subcomandante do 2º Batalhão. Por volta das 19h50, menos de 24h após a chegada, já estava dentro do ônibus, com destino a Picos. O Piauí seria a próxima parada.

Sargento Lago com o Cmt geral PMCE Cel Werisleik

Policial do setor de vídeo monitoramento do Ronda

Final do campeonato cearense

Por do sol em Jericoacoara

Tenentes Marcel e Thiago, projetos profissionais

Soldados Arimatéia (E) e Sá (D) e o Sargento Edson (C)

Sargento Lago e Coronel Jarbas, Sub Cmt PMCE

Soldado Azevedo: " A PM é uma família"