Eu gostaria de viajar pelo mundo quando tinha vinte anos. Tenho alguns amigos que fizeram isso. Confesso que tenho orgulho da façanha deles. Mas como o faria sem que tivesse pais que patrocinasse, como foi o caso deles?
Meus cinquenta anos vieram juntos com a inatividade na Polícia Militar. Aguardei esse momento para viajar com a minha esposa. Mas junto da aposentadoria também veio o divórcio. Então restou-me pegar a mochila e o violão e cair no mundo.
Num primeiro momento realizei o antigo sonho de conhecer todas as PMs do Brasil, que originou o recém lançado livro Papa Mike – A realidade do policial militar, onde relato os detalhes dessa viagem por todo o país. Do Oiapoque ao Chuí, literalmente. Os meios de transportes, hospedagens, onde e o que comi, culturas regionais, além, é claro, da experiência vivida em cada quartel.
Depois a aventura foi maior. Decidi que sairia do país.
Num primeiro momento conheceria apenas a América do Sul, mas ao chegar a Venezuela ganhei um aporte financeiro de uma ação judicial vencida e de lá segui por toda América Central até chegar ao México.
Toda viagem de ida foi por via terrestre. Isso mesmo.
Fui de São Paulo ao México de busão.
As hospedagens foram em hostels, onde os dormitórios são compartilhados e pagamos apenas pela cama, permitindo que o preço seja muito inferior ao hotel tradicional.
Saí do Brasil com um o portunhol meia-boca e cinco semanas depois estava dando entrevista para o programa de TV da polícia boliviana, falando espanhol e sendo compreendido por todos.
Foram três meses de viagem com custo muito baixo que me proporcionaram uma das experiências mais incríveis que tive na vida.
A motivação para escrever esse artigo é que os policiais aposentam, em média, aos cinquenta anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos brasileiros - que nos anos 1960 era de 52,6 anos - em 2010 foi avaliada em 73,8 anos. A projeção para 2020 é de 76,1 anos.
Depois de passar toda a carreira labutando com o que tem de mais amargo na sociedade, nada mais justo que o veterano desfrute das delícias que a vida tem a oferecer.
As hospedagens foram em hostels, onde os dormitórios são compartilhados e pagamos apenas pela cama, permitindo que o preço seja muito inferior ao hotel tradicional.
Saí do Brasil com um o portunhol meia-boca e cinco semanas depois estava dando entrevista para o programa de TV da polícia boliviana, falando espanhol e sendo compreendido por todos.
Foram três meses de viagem com custo muito baixo que me proporcionaram uma das experiências mais incríveis que tive na vida.
A motivação para escrever esse artigo é que os policiais aposentam, em média, aos cinquenta anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos brasileiros - que nos anos 1960 era de 52,6 anos - em 2010 foi avaliada em 73,8 anos. A projeção para 2020 é de 76,1 anos.
Depois de passar toda a carreira labutando com o que tem de mais amargo na sociedade, nada mais justo que o veterano desfrute das delícias que a vida tem a oferecer.
* Texto publicado originariamente na coluna do Sargento Lago no Portal Stive.
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