sábado, 19 de fevereiro de 2011

Estava estocolmizado em Alagoas?

Cel PM Luciano: Lembrou a síndrome de Estocolmo

A banda da PM tinha acabado de se apresentar no teatro Deodoro, no encerramento das comemorações do aniversário da Polícia Militar de Alagoas, quando, ao passar por mim, o coronel Luciano, comandante geral, me perguntou: “Lago, aproveitando que você ainda não está *estocolmizado, o que achou da apresentação?”.

Ao encerrar minha visita ao estado de Alagoas, iniciei uma reflexão sobre o que conheci do trabalho policial.

A Polícia Militar de Alagoas recebeu o título de “A mais cidadã do Brasil”, por evitar confrontos no cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse. Considerando a camaradagem dos alagoanos, se criarem, também estará entre as corporações que receberão o prêmio de maior hospitalidade.

Desde a minha chegada, quando recebi as boas vindas dadas pelo então comandante geral Cel Dário César e o seu subcomandante Cel Luciano, que depois ratificou a boa recepção na condição de comandante, até o momento em que retornei para despedir-me e agradecer a acolhida, passando por todos policiais que tive contato direto, fiquei com a sensação de excelência no atendimento.

Responsável pelos meus agendamentos, a Comunicação Social, na figura do tenente Glauber, sob comando do Ten Cel Maxwell e Major Amorim, mostrou-se muito competente e interessada em apresentar-me a instituição.

Hospedado na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello, recebi a atenção do comandante, Cel Paulo Sérgio, e de todos os demais companheiros. Do tenente Henrique ao cabo Melquíades, do rancho, todos foram muito gentis.

Nas visitações pelo interior, também percebi a generosidade dos alagoanos.

Os policiais que me transportaram de Arapiraca para Penedo e os que me levaram de volta para Maceió não o fizeram como quem cumpre uma escala, mas com a satisfação de quem apóia um amigo chegado, além de terem contribuído com informações valiosas durante o trajeto.

Em Maragogi, eu já estava conformado que somente iria para as Galés no domingo, uma vez que os barcos já tinham saído. O soldado Ferraz, que me prestava apoio naquela oportunidade, até chegou lamentar o fato e, como quem estava aceitando o fracasso da tentativa, despediu-se de mim para seu patrulhamento de buggy. Então, comecei gravar umas pessoas na praia quando apareceu na minha lente a viatura dos policias retornando para dar a notícia de que tinham conseguido quem me levasse.

Nas piscinas naturais o cabo Filho prestou-me todas as informações e ainda foi além. Após o seu horário de trabalho, me levou para conhecer outros pontos turísticos da cidade.

Ao final do Projeto Polícias Militares do Brasil, mostrarei no documentário as diferenças entre os Estados. A avaliação ficará a critério do leitor e do telespectador que certamente apontará uma ou outra coisa que goste mais ou menos, mas sobre a recepção eu antecipo meu comentário: os alagoanos foram espetaculares.

Ao responder a pergunta que o coronel Luciano fez, claro que não poderia fazer outro comentário que não fosse elogioso, pois realmente a banda havia tido um brilhante desempenho. Porém, por receber tantas gentilezas, não pude garantir ao comandante que não estava estocolmizado.

*é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.

Policiais de Arapiraca

Policiais de Penedo

Cel Paulo Sérgio e Tenentes Roberto, Bruno e Henrique

Soldado Ferraz e seu parceiro

Tenente Zaira fez minha inspeção odontológica

Sargento Lago com major Amorim e tenente Glauber

Nenhum comentário:

Postar um comentário