sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Trailler Polícia Militar de Alagoas
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Estava estocolmizado em Alagoas?
Ao encerrar minha visita ao estado de Alagoas, iniciei uma reflexão sobre o que conheci do trabalho policial.
A Polícia Militar de Alagoas recebeu o título de “A mais cidadã do Brasil”, por evitar confrontos no cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse. Considerando a camaradagem dos alagoanos, se criarem, também estará entre as corporações que receberão o prêmio de maior hospitalidade.
Desde a minha chegada, quando recebi as boas vindas dadas pelo então comandante geral Cel Dário César e o seu subcomandante Cel Luciano, que depois ratificou a boa recepção na condição de comandante, até o momento em que retornei para despedir-me e agradecer a acolhida, passando por todos policiais que tive contato direto, fiquei com a sensação de excelência no atendimento.
Responsável pelos meus agendamentos, a Comunicação Social, na figura do tenente Glauber, sob comando do Ten Cel Maxwell e Major Amorim, mostrou-se muito competente e interessada em apresentar-me a instituição.
Hospedado na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello, recebi a atenção do comandante, Cel Paulo Sérgio, e de todos os demais companheiros. Do tenente Henrique ao cabo Melquíades, do rancho, todos foram muito gentis.
Nas visitações pelo interior, também percebi a generosidade dos alagoanos.
Os policiais que me transportaram de Arapiraca para Penedo e os que me levaram de volta para Maceió não o fizeram como quem cumpre uma escala, mas com a satisfação de quem apóia um amigo chegado, além de terem contribuído com informações valiosas durante o trajeto.
Em Maragogi, eu já estava conformado que somente iria para as Galés no domingo, uma vez que os barcos já tinham saído. O soldado Ferraz, que me prestava apoio naquela oportunidade, até chegou lamentar o fato e, como quem estava aceitando o fracasso da tentativa, despediu-se de mim para seu patrulhamento de buggy. Então, comecei gravar umas pessoas na praia quando apareceu na minha lente a viatura dos policias retornando para dar a notícia de que tinham conseguido quem me levasse.
Nas piscinas naturais o cabo Filho prestou-me todas as informações e ainda foi além. Após o seu horário de trabalho, me levou para conhecer outros pontos turísticos da cidade.
Ao final do Projeto Polícias Militares do Brasil, mostrarei no documentário as diferenças entre os Estados. A avaliação ficará a critério do leitor e do telespectador que certamente apontará uma ou outra coisa que goste mais ou menos, mas sobre a recepção eu antecipo meu comentário: os alagoanos foram espetaculares.
Ao responder a pergunta que o coronel Luciano fez, claro que não poderia fazer outro comentário que não fosse elogioso, pois realmente a banda havia tido um brilhante desempenho. Porém, por receber tantas gentilezas, não pude garantir ao comandante que não estava estocolmizado.
*é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.
Policiais de Arapiraca
Policiais de Penedo
Cel Paulo Sérgio e Tenentes Roberto, Bruno e Henrique
Soldado Ferraz e seu parceiro
Tenente Zaira fez minha inspeção odontológica
Sargento Lago com major Amorim e tenente Glauber
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Rádio Patrulha desce a grota em Maceió
O primeiro adversário é o calor. Com a temperatura ambiente perto dos quarenta graus, os policiais da Rádio Patrulha da Polícia Militar de Alagoas têm a sua resistência colocada à prova, pois o fardamento e os equipamentos que utilizam deixam tudo muito quente.
Outra dificuldade é o terreno. Diferente dos morros e favelas de outras cidades do país, em Maceió o que prevalece são as grotas.
Na prática se descobre que não é tão verdadeiro o ditado “Pra baixo, todo santo ajuda”, quando se quer dizer que subir é mais difícil.
Descer correndo por escadas improvisadas, sem apoio manual, com risco constante e a certeza de que uma queda, além de frustrar a tentativa de prender os marginais, pode causar lesões gravíssimas, acaba dando uma adrenalina a mais ao trabalho.
Foi nesse cenário que acompanhei esses guerreiros na última quinta-feira, dia 10 de fevereiro, por volta das 15h30.
O Batalhão de Rádio Patrulha foi inaugurado há dez anos e atua na capital e Grande Maceió, dando apoio às unidades de área.
“É uma força tática com métodos de policiamento espelhados na polícia de Brasília e doutrinas trazidas dos batalhões de elite de outros estados”, afirma o Major PM Henrique, subcomandante da RP.
Com uma guarnição composta por três viaturas e nove policiais, sob o comando do sargento Cícero, o local escolhido para o patrulhamento foi o bairro Jacintinho, conhecido pelo alto índice de criminalidade.
As incursões pelas grotas foram estrategicamente estudadas, com o intuito de surpreender os delinqüentes, contudo, apesar de muitas abordagens, apenas um crime ambiental foi constatado: um homem mantinha ilegalmente um papagaio em cativeiro.
“O local aqui facilita a vida dos traficantes. Eles conseguem ver nossa chegada à distância”, lamentou o transpirado cabo Henrique, após mais uma tentativa frustrada. “O bom aqui é à noite, quando ficamos menos visíveis”, completou o sargento Cícero, sugerindo que fossemos para a avenida.
Na saída da grota, pelo rádio da viatura veio a informação de roubo em andamento num estabelecimento comercial. As viaturas, com sirenes ligadas, tentaram inutilmente localizar a ocorrência, mas foi constatado que era trote.
Na avenida principal do bairro um motorista de ônibus solicitou aos policiais que fizessem uma vistoria no coletivo. Todos desceram e foram revistados, inclusive as mulheres, pois cada guarnição de Rádio Patrulha tem uma policial feminino exatamente para esses casos, porém a queixa do motorista era apenas com um passageiro que não queria pagar a passagem.
Apesar de Alagoas ter registrado em 2010 a maior taxa de **homicídios que um Estado brasileiro já teve, nessa quinta-feira pareceu apenas uma cidade com problemas cotidianos normais.
** Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (SDS), foram contabilizados 2.226 assassinatos no ano passado, o que significa uma taxa de homicídios de 71,3 para cada 100 mil habitantes. Não estão inclusos no número os latrocínios (roubo seguido de morte).
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), taxas acima de 10 homicídios para cada 100 mil ao ano já são consideradas epidêmicas. O país registra, segundo o estudo “Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil”, taxa de homicídio de 25,2 mortes para cada 100 mil habitantes. Os dados do estudo levam em conta os dados de 2007.
Fonte: UOL
Cabo Henrique trasnpira durante patrulhamento
As mulheres também foram revistadas
Evolução do número de mortes em Alagoas
Morte na Grota - foto: Priscylla Régia - Alagoas 24 horas
* Autorizada a publicação, desde que contenha a citação: "Publicado no blog do Sargento Lago"
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Trabalhando no paraíso.
Ele já trabalhou combatendo criminosos nas ruas. Envolveu-se em troca de tiros, inclusive. Contudo, após vinte anos de serviços prestados à Polícia Militar de Alagoas, hoje o cabo José Alexandre Filho trabalha num local tão paradisíaco que vêm pessoas de todo mundo para conhecer: Fiscaliza as visitações nas Galés, piscinas naturais de Maragogi, Alagoas.
“Eu trabalho num paraíso”, reconhece o policial de quarenta anos de idade, nativo daquela cidade balneária, casado e que tem duas filhas.
O PM controla a quantidade de pessoas e barcos que freqüentam as Galés.
As embarcações maiores têm autorização para trazerem até, no máximo, sessenta pessoas e as menores seis, podendo permanecer por uma hora e meia no local. Quem desobedece a norma recebe uma multa alta e ainda fica proibido de trabalhar lá por trinta dias.
As Informações são enviadas por meio de relatório para a Secretaria de Meio Ambiente e para o ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Biodiversidade.
A escala de serviço dele é de acordo com a tábua da maré. “Às vezes dá doze dias e depois pára quatro, cinco, ou seja, quando a maré está alta nas piscinas naturais não vai nenhum turista, assim posso folgar”, afirma.
E quando está de folga, será que o cabo Filho vai à praia? “Não, prefiro curtir uma bica, uma cachoeira, mas não vou à praia”, concluiu.
Mergulho: eu experimentei a emoção.
Cabo Filho orienta os turistas
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Polícia Militar de Alagoas faz 179 anos
Nesta quinta-feira, dia 3, a Polícia Militar de Alagoas comemorou 179 anos de criação. Durante solenidade realizada no Teatro Deodoro, o público civil e militar acompanhou a entrega de medalhas por tempo de serviço de 20 e de 30 anos e o concerto especial da Banda de Música da PM.
O concerto – que durou cerca de uma hora e meia e foi regido pelo major Valdeci Souza - contou com um repertório variado, composto de ritmos como samba, bolero, baião, forró, frevo e um tributo ao rei do pop universal, o cantor Michael Jackson. Durante o evento, um dos membros mais ilustres do Centro Musical da PM, o tenente da reserva remunerada Eraldo Trindade, também foi homenageado. Ele subiu ao palco, de onde recebeu uma placa do comandante-geral da PM, coronel Luciano Silva, em agradecimento pelos serviços prestados à frente da banda até o ano de 1984.
Texto extraído do site da PMAL
Fotos: Sargento Lago
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Polícia Militar de Alagoas tem novo comandante
A solenidade foi presidida pelo governador em exercício, José Thomaz Nonô, que à frente do palanque assistiu a assunção do coronel Luciano ao cargo de comandante-geral da PM diante da Guarda Bandeira. O evento contou ainda com a passagem em revista à tropa e o desfile das unidades do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), Batalhão Ambiental, Batalhão Escolar, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Radiopatrulha e Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I (Cavalaria), todos regidos pela banda de música do Centro Musical da PM.
Texto extraído do site da PMAL
Fotos: Sargento Lago