RESPEITO AO HUMANO
Qual é o ponto em que denunciar a violência policial deixa de ser protesto e passa a ser ato preconceituoso de ataque profissional?
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
# 090 RESPEITO AO HUMANO

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
PODCAST #04 - General Peternelli - Bico será crime?

sábado, 7 de dezembro de 2019
# 089 CÃES SÃO FIÉIS

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
# 088 PARAISÓPOLIS: A NOVELA REAL

domingo, 1 de dezembro de 2019
A Polícia Militar e a segunda divisão
A POLÍCIA MILITAR E A SEGUNDA DIVISÃO
O perigo de ser tratado como amador no jogo político
Venho acompanhando as questões políticas com muito afinco e cumprindo um papel que, timidamente, estamos aprendendo fazer: fiscalizar a atuação dos parlamentares que utilizam a imagem da Polícia Militar para atuarem politicamente.
Como sou um veterano da instituição policial, entendo que, por estar incluído nessa representação, posso manifestar-me quando não atuam conforme avalio que seria positivo para a nossa coletividade.
O que gera aflição é perceber que os nossos direitos estão a caminho do rebaixamento, a torcida assiste atônita a uma equipe apática em campo. O plenário tem sido palco de atuações sofríveis capazes de comprometer até a imagem da Corporação.
Estou me perguntando até agora qual foi o momento que eu não acompanhei. Se para você, leitor, não soou estranho, por favor, diga-me, quero compreender. Mas não quero essa resposta dos políticos, pois, vindo deles, precisamos nos acautelarmos.
Ainda me recompondo do impacto da imagem do deputado Giannazi “protestando” a favor da PM, assisti a um vídeo em que a deputada estadual Monica da Bancada Ativista, também do PSOL, faz uso da palavra em sessão ordinária, na ALESP, para defender os professores, que é normal, e os policiais militares. Gente, será que adormeci nos últimos anos e não percebi?
Alguém poderia perguntar, mas o Sargento Lago é ou não é a favor da negociação? Claro que sou. Não vejo outra saída na política se não for por meio dela. Embora alguns políticos prefiram o palanque, sempre vou defender que negociar é o melhor caminho, e não atacar de cima de um trio elétrico quem pode nos conceder benefícios. Mas essa negociação seletiva ser começada a partir do PSOL me deixou de orelhas em pé.
Procedi a minhas pesquisas e descobri flerte de gente da “bancada da bala” com o PT e o PSOL no passado, regado a trocas de elogios em redes sociais. Seria essa aliança repentina um acordo cujo interesse do eleitor ficaria em segundo plano? Não posso afirmar, entretanto creio que tenho o direito de questionar, uma vez que não foi esclarecido e causa espanto.
Defendo que os policiais militares devem cobrar disciplinadamente os seus parlamentares, obrigando que deem satisfações e sejam transparentes em suas ações políticas, pois se apropriam da imagem e do prestígio da instituição, cuja glória foi conquistada com suor e sangue.
Apenas gritos ao microfone e caras feias não produzem aumento salarial nem confortam estômagos vazios e corações aflitos. Para não esquecer a analogia com o futebol, gigantes desse esporte negligenciaram conceitos básicos para a sobrevivência no meio e hoje estão no ostracismo, jamais reconquistaram as glórias. A nossa farta bancada na ALESP precisa reconstruir a relação entre seus membros e melhorar a interlocução com seus eleitores, sob pena de os envolvidos no jogo político perceberem que não passamos de amadores desunidos que não merecem sentar-se à mesa no momento de participar da festa.
Como sou um veterano da instituição policial, entendo que, por estar incluído nessa representação, posso manifestar-me quando não atuam conforme avalio que seria positivo para a nossa coletividade.
A “bancada da bala” aumentou. Na verdade, inchou. Por isso ainda não experimentamos resultados favoráveis. Faz lembrar algumas equipes de futebol que contratam atletas aleatoriamente, mas o time não demonstra entrosamento em campo. Então, logo surge a transferência de responsabilidade, e cada um coloca a culpa no outro, na tentativa de defender os interesses pessoais, que possam preservar o mandato, em vez de reunirem-se em busca do entrosamento que conduza às conquistas.
O que gera aflição é perceber que os nossos direitos estão a caminho do rebaixamento, a torcida assiste atônita a uma equipe apática em campo. O plenário tem sido palco de atuações sofríveis capazes de comprometer até a imagem da Corporação.
O que tem me surpreendido, no entanto, é não conseguir entender a manobra política em curso. De repente, num piscar de olhos, inimigos declarados da polícia resolveram sair em nossa defesa. Sim, muito estranhamente, do nada, apareceu o deputado estadual Carlos Giannazi, que passou vinte e cinco anos no PT e agora está no PSOL, em cima do caminhão, na frente do Quartel do Comando Geral, em manifestação a favor do aumento salarial dos policiais militares.
Estou me perguntando até agora qual foi o momento que eu não acompanhei. Se para você, leitor, não soou estranho, por favor, diga-me, quero compreender. Mas não quero essa resposta dos políticos, pois, vindo deles, precisamos nos acautelarmos.
Ainda me recompondo do impacto da imagem do deputado Giannazi “protestando” a favor da PM, assisti a um vídeo em que a deputada estadual Monica da Bancada Ativista, também do PSOL, faz uso da palavra em sessão ordinária, na ALESP, para defender os professores, que é normal, e os policiais militares. Gente, será que adormeci nos últimos anos e não percebi?
Alguém poderia perguntar, mas o Sargento Lago é ou não é a favor da negociação? Claro que sou. Não vejo outra saída na política se não for por meio dela. Embora alguns políticos prefiram o palanque, sempre vou defender que negociar é o melhor caminho, e não atacar de cima de um trio elétrico quem pode nos conceder benefícios. Mas essa negociação seletiva ser começada a partir do PSOL me deixou de orelhas em pé.
Procedi a minhas pesquisas e descobri flerte de gente da “bancada da bala” com o PT e o PSOL no passado, regado a trocas de elogios em redes sociais. Seria essa aliança repentina um acordo cujo interesse do eleitor ficaria em segundo plano? Não posso afirmar, entretanto creio que tenho o direito de questionar, uma vez que não foi esclarecido e causa espanto.
Defendo que os policiais militares devem cobrar disciplinadamente os seus parlamentares, obrigando que deem satisfações e sejam transparentes em suas ações políticas, pois se apropriam da imagem e do prestígio da instituição, cuja glória foi conquistada com suor e sangue.
Atualizando: Deputado Giannazi, voltando às origens,acaba de requerer na ALESP que a PMESP dê explicações sobre as mortes no Pancadão de Paraisópolis. 02Dez2019, 16h30

FOTO MEMÓRIA: CARANDIRU
Só pra lembrar que um dia estive trabalhando numa rebelião no presídio do Carandiru, em 1985, enquanto frequentava o Curso de Sargentos. Permaneci na muralha, numa tarde de domingo.

Assinar:
Postagens (Atom)