sábado, 22 de maio de 2010

Defensores da transparência


Tenho andado num conflito muito grande entre continuar nesse complexo de *Poliana ou ser crítico contumaz da polícia.


Como profissional de segurança que acaba de completar os 30 anos de serviço e que mantém a paixão de um novato, escrevo versos quase que diários em louvor a instituição e a seus profissionais abnegados.


Como jornalista, travo uma luta interna para sufocar o desejo de crítica, ao acompanhar a maneira que as coisas são conduzidas na segurança e que, no esplendor dos meus 50 anos, vejo com clareza as manobras e interesses serem articulados sem a preservação dos sentimentos dos "culpados".


Abri aspas para os culpados porque não me refiro aos supostos autores de crimes, mas aos penalizados solidariamente.


Essa prática existe há anos, mas em período de eleições é vista com frequência, basta surgirem os motivos.


Penso que, antes de apresentar as "cabeças roladas", deveria vir a opinião pública e dizer o que será feito para corrigir o mal que gerou a retaliação.


Esse modelo antigo de gerir a coisa pública, que contorna com paliativo demagógico em troca da manutenção da pseudocredibilidade das pessoas, deve ser esquecido, pois hoje a comunicação voa em céu de brigadeiro e, com a mesma nitidez que observa as articulações, informa a quem tem interesse, transformando antigos incautos em novos protestantes e defensores da transparência.


*Poliana é uma personagem de livro que sempre vê o lado bom das coisas.


2 comentários:

  1. lamentável sgt.. acho que todos merecem respeito.. li seu artigo recomendei a outros,pos sei de sua luta por uma pocia e politica n mais lompa e honesta..abraço..sempre as ordens..Lianne

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