Semana passada fomos surpreendidos com a morte do deputado federal, costureiro e apresentador de TV Clodovil Hernandez.
É bem verdade que já andava enfermo, mas a morte sempre surpreende, não tem jeito.
Foi na repercussão do acontecido que comecei refletir sobre o comportamento das pessoas em casos de falecimento.
As qualidades podem ser exaltadas, pois acaba a competitividade, o seu talento não será mais um incômodo e também não ofuscará brilhos alheios.
Os defeitos serão vistos como se tivessem sidos prejudiciais apenas para o morto.
Cada palavra ou atitude começarão merecer profundas reflexões. Sua trajetória polêmica tornar-se-á legado.
Morre um "problemático" para nascer um mito. Exemplos não nos faltam: Mamonas Assassinas, Garrincha, Derci Gonçalves, Glauber Rocha, Cazuza, Cássia Eller, Marcelo Silva entre outros. Todos bem criticados em vida e que alcançaram o status de mito (ou quase isso) pós-morte.
Foi nessa introspecção que concluí: todos nós seríamos mais felizes, se tratados como os mortos.
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