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domingo, 7 de outubro de 2007
Profissão Coragem
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Biografando
Sou um homem feliz porque tenho a base da minha vida estruturada na fé em Deus.
As minhas melhores recordações do passado sempre são as que estávamos em família. Todo evento era mega, devido à quantidade de irmãos e de amigos que sempre freqüentaram nossa casa. Na hora do almoço, do banho, do culto doméstico... Tudo era muito festivo.
Meu pai, ex-combatente do Exército Brasileiro, comandava sua tropa com mãos firmes. Minha mãe, gentil e carinhosa afagava-nos após sermos disciplinados com alguma correia, chinelo ou até uma varinha.
Nossa educação foi fundamental para nortear nossos passos. Meu pai era pastor evangélico e nos orientou com base nos ensinamentos bíblicos, aprendemos a respeitar nossas diferenças e amar uns aos outros. Felizmente somos unidos até hoje; nossa tropa continua coesa.
Minha primeira atividade profissional foi aos 10 anos. Morava em Resende. Vendia verduras de casa em casa. Ainda me lembro do meu patrão, um senhor gordo, meio vermelhão, que pegava as moedas que eu levava, resultado das vendas, e separava algumas para me pagar e as outras ele colocava num porquinho, que servia de cofre, e a cada moeda que ele colocava, dava uma roncada como se fosse o porquinho engolindo a moeda. Eu ria muito.
Nessa época comecei torcer pelo Botafogo Futebol e Regatas. O título estadual de 1968 ajudou na minha escolha.
Depois engraxei sapatos no bairro do Manejo, com meu irmão Misael. Meu pai fez a caixinha pra gente.
Um dia ofereci graxa para um moço que estava de chinelos de dedo e foi muito engraçado.
Já morávamos em Angra dos Reis quando meu tio Goio disse ao meu pai que ele deveria ir para uma cidade maior para aumentar a chance de emprego aos filhos. Então, meu pai me trouxe na frente e viemos para São Paulo para alugar uma casa e trazer o resto da família.
Fiquei na casa do meu primo-irmão Cherloques, na Água Rasa. Lembro com saudades. Saía na pracinha em frente a sua casa e ouvia os rádios dos vizinhos tocarem “Charlye Brow”, do Benito di Paula. Foi quando começou minha admiração por esse cantor.
Da casa do Cherloques fui para a casa do meu tio Goio.
Minha prima Ligia era caixa do Supermercado Salomão, na Vila Formosa, e arrumou para eu ser empacotador lá. Nessa época fazia muito frio na cidade e eu não estava acostumado. Um dia, após o almoço, fui ao depósito e me deitei sobre os fardos de papel higiênico. Estava tão quentinho que só me acharam por volta das 15:30h, para desespero da minha prima.
Já com a família estabelecida nessa Capital, trabalhei na feira livre, vendendo vasos de Xaxim; nas fábricas de pé de geladeiras, parafusos, velas; numa adega; na farmácia Drogasil; numa confecção no Brás e com meu primo, na administração de uma firma de entrega de cafézinhos.
Em 1981 meus pais já haviam retornado para o Estado do Rio de Janeiro e ficamos apenas eu e meu irmão Misael. Ele trabalhava num Cartório de Notas, eu fazia apenas bicos. Morávamos em um quarto e cozinha. Foi quando o meu amigo Sérgio me informou sobre o ingresso na Polícia Militar.
Após ser aprovado em concurso público, iniciei o curso de soldados em 01 de setembro de 1981 e concluí dia 12 de fevereiro de 1982, na 3ª Cia do CFAP, que ficava no bairro do Rio Pequeno, Zona Oeste da Capital paulista.
Minha primeira Unidade foi o 16º BPM/M. Trabalhei na 1ª Companhia, em Pinheiros. De lá, saí para fazer o Curso de Cabos, em 1984 e depois o de Sargentos, em 1985, ambos no CFAP (3ª Cia e Sede, respectivamente).
Das lembranças dessa época, trago as alegrias de organizar, em 1982, um campeonato interno de futebol de salão e de conviver com policiais que tinham a idade para serem meus pais, o que me permitia sempre um bom aprendizado. Sem contar que trabalhei com meu tio Goio, na época Sargento Lago, que tinha todo o cuidado possível comigo para que eu não fosse vítima da minha inexperiência.
Tive o desprazer de ter um companheiro ferido mortalmente, numa Operação Pagamento. O soldado Sotto foi surpreendido por um marginal que vestia o uniforme dos Correios e desferiu-lhe vários tiros de espingarda calibre 12.
No início de 1986 aceitei o convite e fui trabalhar na mesma 3ª Cia do CFAP, onde fiz os cursos de soldado e cabo. Lá fui monitor dos pelotões de alunos cabos, do antigo curso que foi apelidado de “Juruna”.
Todos os alunos tinham aproximadamente 30 anos de serviço e, por força de Lei, tinham que fazer esse curso para serem promovidos. Contudo, não freqüentavam os bancos escolares há anos e, com isso, pela insegurança, deram um pouco de trabalho. Mas, no final foi até engraçado; eu, sargento recruta e com 25 anos de idade, reverenciando a antiguidade daqueles senhores que, em contra partida, me adotaram como sendo seus pais.
Ainda dessa época, tenho a lembrança de ter ousado ensaiar e cantar na formatura matinal, com todos os 400 alunos da escola , as músicas “A Banda” do Chico Buarque e “Fogo e Paixão”, do Wando, fugindo das tradicionais marchas militares, em pleno regime ditatorial.
Em 1987 fui transferido para a sede do CFAP, no bairro do Tatuapé, onde fiquei alguns meses, aguardando movimentação para o 1º BPChq.
Na ROTA foram muitas emoções, que estão registradas no livro, ROTA DOS DESTNOS, aguardando definição de uma editora, e que escrevi por incentivo do grande autor de novelas e escritor Walcyr Carrasco.
Em 1990 fui para a o setor de relações públicas da Corporação (5ª EM/PM). Lá produzi vídeos históricos: “Alberto Mendes Junior – A História de um Herói”; “Drogas, o fim da picada!”; “Massacre ou Confronto?”; “De Heróis a Vilões”; “Eu Acredito”; entre outros.
Também me aventurei na crônica esportiva. Trabalhei na Rádio Cidade, de Jundiaí/SP e, na Capital, na Radio Difusora.
Inicialmente ficava em postos, falando apenas o tempo do jogo e o placar. Depois, fiz o plantão esportivo, reportagens e, realizando um antigo sonho, narrações de basquete e de futebol.
Como freqüentava o curso de jornalismo na FIAM – Faculdades Integradas Alcântara Machado, no bairro do Morumbi, solicitei movimentação, em 1994, para a 1ª Cia do 23º BPM/M, em Pinheiros (que era a antiga 1ª Cia do 16º BPM/M).
Fui para lá com a nostalgia de retornar para a minha primeira Unidade na Corporação, mas encontrei uma realidade totalmente adversa. No passado havia trabalhado com policiais antigos, agora eram recrutas. Alguns, de má conduta. Recordo-me da manchete do jornal, no dia da minha apresentação: “O bairro onde o ladrão é a polícia e a polícia é o ladrão”. Isso já me indicava o trabalho que teria.
O comandante da Companhia, Capitão PM Alexandre Marcondes Terra confiou-me a missão da reconstrução da imagem da PM naquele local.
Com a mesma lealdade que sempre dediquei aos meus superiores, iniciei convocando um mutirão e fazendo uma faxina e depois pintando todo o prédio, sendo inclusive alvo de elogios do Delegado Titular do 14º DP. Depois, fizemos a depuração dos marginais que estavam travestidos de policiais.
Minha missão não era apenas questões institucionais e administrativas. Foi nessa época que atendi uma das ocorrências mais emblemáticas da minha carreira: roubo com reféns, dentre eles um bebê. Apesar de não ter feito os cursos especializados – que se iniciava na PMESP - assumi o comando, e, felizmente, tivemos êxito, conforme noticiou a imprensa local, foram 5 marginais presos, armas apreendidas e, o mais importante- nenhuma vítima ferida.
Em menos de um ano, com minha promoção a 1º Sargento PM, em 1998, fui trabalhar no 4º BPM/M, na 1ª Cia (Lapa), na 4ª Cia (Perus), na Força Tática (área do Batalhão), e finalmente, fui convidado para trabalhar na Diretoria de Ensino, na área de vídeo, mas apesar do convite, preferi ir para Campinas/SP, onde trabalhei no 35º BPM/I – ROTAC.
Foi lá que fui ferido a tiros, numa ocorrência de roubo a um estabelecimento comercial. Foram mais de dez tiros, numa distância de 6 metros, aproximadamente, apenas um me atingiu. Tempos depois fui condecorado com a Medalha Cruz de Sangue.
Retornei para a Capital em 2000, exatamente quando lancei o CD “De Polícia”, com meu parceiro Capitão Rivaldo.
Como freqüentemente ia para São Paulo participar de programas de televisão e fazer shows, o Tenente Coronel Perrenoud - um grande incentivador do nosso trabalho – me trouxe de volta à 5ª EM/PM.
Em 2005, fui para a Diretoria de Ensino onde tive a oportunidade de participar do Programa Vídeo Treinamento fazendo produções como os clipes "Sendo Você e PM Boa de Bola" e o documentário "Mendes Junior - Epílogo", entre outros.
Em outubro de 2007 retornei para a 5ª EM/PM onde permaneci até o dia em que passei para a inatividade, em fevereiro de 2009.
No dia 15 de outubro de 2010 fui para Salvador/BA e, após passar 60 dias por lá, iniciei o Projeto Polícias Militares do Brasil e visitei todas as corporações do país finalizando no dia 24 de novembro de 2011. Foram 45.500 KM percorridos em 13 meses e nove dias. Captei imagens em vídeo e fotografia e trouxe uma camisa de farda de cada instituição.
De todas essas experiências na Polícia Militar, tirei uma lição que coloquei como ideal. A sociedade, sobretudo a de menor condição financeira, precisa da polícia. Não de uma polícia autoritária, truculenta, mal educada, mas gentil, solidária, que aja com o rigor da lei, com austeridade, mas, acima de tudo, com justiça.
Os policiais também têm as suas necessidades. Muitos deles, quando deixam suas fardas nos armários dos quartéis e “viram povo”, também esperam uma sociedade justa e querem viver com dignidade. Cabe a cada um de nós fazer a sua parte.
Como policial, sirvo a sociedade, como músico, aos policiais.
Depoimentos
Sérgio Franco
Cantar o lado humano desses homens, valorosos policiais, quer da PM de São Paulo, quer de todo o Brasil, é uma dádiva de Deus, que lhe usa como instrumento de paz, amor, fraternidade.
Caro amigo, ouso em cantar SOMOS A POLICIA MILITAR, pois me sinto como um PM, e assim, tenho certeza, se sente todo o cidadão de bem, pois ser PM é ser povo, é ser cidadão, é ser familia, é ser Brasil.Você é o Missionário da PM, que canta e encanta a todos nós.
Um abraço meu comandante, que tenho a honra de poder contar como amigo.
Sérgio Franco - Belém/PA
Arte-Educador e Teatrólogo
Presidente da ONG Misão Jovem
Gabi:
Sargento Tallevi
Cada pessoa que eu tive o prazer de mostrar as suas músicas foi tomada pela mesma emoção que eu estou tomado neste momento, minha mãe canta suas músicas no serviço dela, tenho parentes que são militares da PM também, e especialmente um deles, meu tio, disfarçou uma lágrima de felicidade nos olhos ao ouvir sua música "Somos a Polícia Militar"!!!
A profissão militar e policial é uma tradição em minha familia, tenho orgulho ed fazer parte dessa história e de saber que existem pessoas como o Senhor, caro amigo Sargento Lago.
Um grande e sincero abraço Sargento Lago!!!
Continue firme esse maravilhoso trabalho!!!
Sempre muita Força, Honra e Orgulho!!!
Opa, e fico aguardando notícias de alguma apresentação do senhor aqui em Minas Gerais!
Sgt.EB Tallevi
Laís Saraiva
Fomos no seu show no Oscar Nyemaier, foi maravilhoso! Quando vc volta?????
ANGEL_E_NANDO
Vi um video do sr e adoreiiiiiii...confesso q me emocionei. Acho q o sr é um homem sensível...de alma poética
Um abraço
Sonia feitosa
Anna Paula:
lucia:
Admiro seres que vieram para esse planeta trazer a paz, a ordem e o amor. Assim que o vejo! Procurando fotos do Vandré, o descobri... Adoro Vandré e toda sua música...Realmente vc é diferente... Quem diria um militar junto á Vandré... Graças a Deus os tempos são outros... as pessoas como vc são especiais.Abraços
André:
Grande abraço
Valeria:
PEÇO A DEUS QUE TE ILUMINE CADA DIA MAIS, DERRAMANDO SOBRE TI TODAS AS BENÇÃOS E ILUMINANDO CADA VEZ MAIS O TEU CAMINHO E A SUA BRILHANTE CARREIRA.
QUE DEUS O PROTEJA EM SUA PROFISSÃO, PARA QUE CONTINUE SENDO SEMPRE ESTA PESSOA E ESTE PROFISSIONAL MARAVILHOSO E ENCANTADOR QUE ES.
TENHA UM FIM DE SEMANA MARAVILHOSO É O QUE DESEJO A VOCE E TODA A SUA FAMILIA!
BEIJOS
Werton:
"Cara", muito fina suas canções, parabéns!
Jú:
beijos
Taty:
Se cuida, Bjos.
Gilberto:
Liz Domingues:
Parabéns pelo excelente trabalho.
Antonio:
BORJÃO:
Samuel:
Me emoçonei visitando seu profile. Pessoas como vc, resgata o amor esquecido no mais profundo, e empedrado coração!!!! Deus continue abençoando sua vida e seu maravilhoso trabalho!!!!
Ferreira
Vanessa:
Mulher de preto:
Mara:
Ramirez
Coronel PMPR Ramirez
Luis Fernando Bernardi
Boa noite, Sr.!
Queria parabezinar pela determinação que vc tem... pelo caráter, pela vasta disciplina....Parabéns, precisamos de mais pessoas assim... Queria manter contato e poder adquirir um pouco de sua experiência de vida e disciplinar...abraço e meu msn é o msm do e-mail....abraço.
Rodrigo
É com grande prazer que te parabenizo por este grande trabalho!!!É quando encontro pessoas enviadas por Deus como você é que eu acredito em nosso País e sinto ainda mais orgulho de ser Militar!
Um grande abraço!!!2ºTen. PMMG Rodrigo M.
Fernando Verdes
Aí esta uma musica dele..eu tenho o cd todo aqui..
Somos a Policia Militar - www.produlz.com/clientes/sgtolago/somosdapm.mp3
E um vídeo que ele fez lá também...
Eu acredito - http://www.youtube.com/watch?v=7W_8NS1WMdAQUEM SABE VC OUVINDO E VENDO O VIDEO VC NAO TENTA ENTENDER DE ONDE VEIO A IDEIA DE SER POLICIAL..
abraços. "
Ola sargento...esse e-mail mandei desse jeito ao meu irmão no propósito de que ele entenda um pouco sobre a profissão que escolhi..
abraços Sargento.
V. González (Tito)
Policía de 51 años , perteneciente al CUERPO NACIONAL DE POLICÍA
Ivan Luiz Cidrin
Sd Cidrin – Londrina/PR
Esther
Amigo, você é muito mais do que a gente ouve falar.
Este site está o máximo, você envidou seus esforços.
Como sempre, desejo-lhe as melhores vibrações. Você sabe que pode muito mais que isto.
E você sabe que para ser feliz, não precisa de grandes conquistas materiais.
Você já tem o pôr-do-sol, as estrelas os pássaros, o sorriso dos seus amigos, irmãos.
Agradeça a Deus, pois você tem sua vida.
Tem sempre um novo dia que está começando, sua força e determinação. Com todos esses presentes da vida, o resto você constrói.
Sou sua fã, desde pequenininha!
Abreijos,
Esther Ercília São Paulo/SP
Alexsander Duques dos Santos
Parabéns Sierra Golf! Ser um artista hj é dificil no Brasil, ainda mais vindo da onde o Sr. vem, do militarismo, quebrando todos os paradigmas. Meus votos de mais sucesso e parabéns por mais essa nova realização (WebSite). Um abraço do Sd PM Duques da Policia Militar do Estado de Mato Grosso - 4ª Cia PM de Nova Xavantina-MT.
Antônio Marcelino Duarte Junior
Olá, Sargento Lago. Meu nome é Junior, tenho 30 anos e sou Vigilante de uma conhecida empresa do setor privado, a Protege. Fiquei muito honrado ao ouvir a música “profissão coragem” e ver que você incluiu nós da segurança privada em sua homenagem á todos aqueles que fazem da coragem sua profissão!!! Parabéns pelo seu talento, não só como Policial mas também como músico!!! sucesso sempre e gostaria de dizer, só para finalizar que você ganhou mais um fã!!!