sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O pincel como arma


Ontem falei com meu amigo Cabo Clayton. Trabalhamos juntos em 2007, na Diretoria de Ensino . Atualmente está em Jundiaí.

Quem vê o Clayton fardado, na sua atividade profissional, não imagina o quanto aquela imagem de marrento se transforma em sensibilidade quando está se ocupando da sua arte. Veja bem, me refiro a imagem, pois, na verdade, trata-se de uma pessoa de fácil relacionamento, desde que as regras de boa convivência sejam respeitadas, claro. Comigo também sempre foi assim.

Mas, o que gostaria de dizer é exatamente do seu talento nas artes plásticas.

Certa vez sugeri uma melhora na sala em que trabalhávamos e cada um se voluntariou em trazer algo para benfeitoria do nosso ambiente. O Clayton doou um quadro de seu acervo para decoração. Foi aí que tive acesso a sua obra.

Percebi que ele era comedido na divulgação delas, pois, como eu também sei, artistas costumam ficar com muita facilidade na alça de mira. Todavia, entendo que deveria existir uma cultura de incentivo as atividades artísticas na corporação, pois elas humanizam muito mais a nossa tropa. E não falo isso legislando em causa própria, pois, como sabem, não mais estou no serviço ativo e posso dedicar-me exclusivamente a minha carreira, como tenho feito.

Estou com boa expectativa em relação aos nossos Comandante e Subcomandante PM, que tem buscado a aproximação da tropa e inovando positivamente na forma de comandar. Certamente já entraram para história da Corporação por essas novidades, sobretudo as que se referem ao mundo digital.

Fiquei sabendo que a Retreta mudou de horário; agora é ao meio dia, e está “bombando”. No antigo horário, as sextas-feiras no final do expediente, pouca gente que passava na frente do QCG, em direção ao metrô, parava.

Fica aqui a minha sugestão: Por que não organizar eventos culturais naquele mesmo local e dar oportunidade a policiais talentosos, como o Cabo Clayton, de exporem a sua arte? Melhor ainda, poderia convidar profissionais da área de segurança de outras instituições; públicas e privadas, e ainda promover a integração entre ambos.

Tenho certeza que a população vai gostar de saber que nossos policiais não são tão insensíveis, como alguns dizem.

Obs. Para conhecer mais sobre o trabalho do artista plástico Clayton Silva, clique nas imagens.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sgt Lago na Rádio Record

Música do Sargento Lago toca na Rádio Record-SP




  • Sargento grava segundo CD com participação de Dominguinhos


  • PM cantor rende tributo a seus colegas de farda

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Somos todos iguais, braços dados ou não

Desde o início da minha carreira policial tive muito clara a necessidade de união entre os profissionais de segurança. Descobri isso enquanto patrulhava as ruas de Pinheiros, na Zona Oeste da Capital paulista.


Nas domingueiras da Chic Show, nos anos 80, vinham jovens dos quatro cantos da cidade. A maioria tinha a diversão como objetivo, era o inicio do Hip Hop no Brasil. Mas, um grupo de jovens promovia arrastões pelo bairro, na saída do baile. Outros praticavam roubos em duplas e trios, era um terror.


Muitas prisões só foram possíveis por que os seguranças dos estabelecimentos e das residências nos passavam as informações e, apesar da multidão, conseguíamos detectar e prender os marginais.


Infelizmente a cultura de alguns profissionais da área é de concorrência. Um quer medir força com o outro. Mostrar quem pode mais, quem tem mais autoridade etc. Enquanto acontece isso, todos perdem e quem leva vantagem são os criminosos.


No CD “Profissão Coragem” fiz a música que empresta o nome ao trabalho e lá já coloquei todo mundo em situação de igualdade. No próximo, com título provisório de“Pra dizerem que falei dos espinhos”, que lanço nesse final de ano, vou ser mais contundente nessa mensagem. Em duas canções vou reforçar essa necessidade de união. “Ter orgulho é diferente de ser orgulhoso” e “humildade não fere autoridade”, são duas frases que cito na música “Pra dizerem que falei dos espinhos” sugerindo que podemos e devemos estreitar o relacionamento, para o bem da segurança e da sociedade.


Disse tudo isso para dizer que estou de braços dados com os irmãos das Guardas Municipais, na pessoa do GCM Carlinhos Silva, que pediu para trocarmos divulgação em nossos blogs. Todos que quiserem essa parceria podem contar comigo. Entendo que essa é a melhor forma para que nossos irmãos de outras instituições conheçam a mensagem que prego há 16 anos em prol dessa interatividade. Propus-me ser o compositor e o cantor dos profissionais da segurança, por isso estou nessa missão.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Final de ano com lançamentos e show

Almir Guineto

Rodrigo Vellozo


Nesse final de ano de 2009 ou início do próximo, o Sargento Lago estará realizando o seu show de despedida do serviço ativo na Polícia Militar. Na oportunidade também lançará seu novo CD, com título provisório de“Pra dizerem que falei dos espinhos”.

Com alguns convidados, o CD, que tem a produção musical de Elias Jó, trará um repertório menos institucional, sem sair do tema segurança. Destaques para as músicas “Dança do PM” e “Pra dizerem que falei dos espinhos”.

Das participações, já estão confirmadas as de Almir Guineto e Rodrigo Vellozo.

Em breve anunciaremos todas as participações e locais dos eventos.


“Rota dos Destinos”


Dentro das novidades desse final de ano, haverá o lançamento do livro “Rota dos Destinos”, de autoria do Sargento Lago e de Rivaldo Ribeiro dos Santos.

É um romance policial, baseado em fatos reais. Os personagens são três policiais militares que trabalharam no Batalhão Tobias de Aguiar – Rota, nos anos 70 e 80.

domingo, 13 de setembro de 2009

Capa do CD: missão difícil


Muito em breve eu e minha equipe estaremos nos reunindo para decidir como será a capa do próximo CD. Nem sempre é uma tarefa muito fácil, pois o ideal é que ela tenha sintonia com a mensagem que o trabalho trás.


Para se ter uma idéia, quando fomos definir a capa no ano passado, eu dei uma de espertinho e já apresentei a minha proposta pronta. Aproveitando que estive no Rio de Janeiro visitando meus tios, solicitei ao meu primo Bruno Perpetuo para que fizesse, dentro da concepção que passei pra ele. Embora tenham gostado da arte, fui demovido da idéia.


A proposta apresentada homenageava o coronel José Hermínio Rodrigues, meu ex-comandante, executado no dia 16 de janeiro de 2008, quando trafegava de bicicleta pela Avenida Engenheiro Caetano Álvares, Mandaqui, na Zona Norte da Capital paulista.


Ao final, foi aprovada por unanimidade a que apresentou Marco Tancreda. Uma foto minha empunhando o violão, que é a arma que uso, e os quadrados que retratam minhas atividades como policial, cantor, compositor, jornalista e escritor. Também as marcas de tiros desferidos contra mim, numa ocorrência policial.


Espero que tenhamos a mesma felicidade que o Tancreda teve no ano passado e consigamos chegar a uma boa proposta. Afinal, o CD começa ser apreciado pela capa.


domingo, 6 de setembro de 2009

Salve Geral, a revanche do crime


No dia 2 outubro estréia nos cinemas “Salve Geral”, mais um filme com temática policial.

Se em Tropa de Elite a imagem do BOPE foi enaltecida por sua atuação nos morros carioca, agora chegou a vez da revanche do crime.

Baseado em fatos acontecidos no Estado de São Paulo em 2006, quando as forças constituídas foram afrontadas por uma facção criminosa, o filme vai proporcionar a sensação de vitória dos marginais, afinal muitos profissionais da segurança foram vitimados.

Que será um sucesso de bilheteria, não tenho dúvida. Diferente da falta de verba para produzir o filme Rota Comando, conseguiram fazer uma excelente produção, com todos os apoios necessários para concluir um trabalho desse porte.

Com direção de Sérgio Rezende e trazendo no elenco a competente Andréa Beltrão, o enredo tem a seguinte sinopse:

No Dia das Mães de 2006, a cidade de São Paulo está sitiada. Ataques a delegacias de polícia, ônibus incendiados, ameaças a shoppings, metrô e aeroportos. Quem lidera a ação é o Comando, uma poderosa organização criminosa.

No meio do caos está a viúva Lúcia, uma mulher simples de classe média, que passa por dificuldades financeiras e tem uma missão: tirar o filho adolescente da cadeia. Rafael, 18 anos, está preso por ter se envolvido num incidente que acabou em um assassinato.

Nas visitas ao filho na penitenciária, Lúcia conhece Ruiva, advogada do Professor, líder do Comando. A empatia entre as duas é imediata e Ruiva começa a usar Lúcia em algumas missões ligadas à sua organização. Lúcia precisa de dinheiro e por isso vai aceitando os desafios, no limite entre a legalidade e o crime.

Paralelamente, o Comando vive uma acirrada luta interna de poder e ao mesmo tempo enfrenta o inimigo comum: o sistema penitenciário. A crise entre prisioneiros e o sistema carcerário se agrava e, numa demonstração de força, o governo transfere de uma só vez centenas de presos de alta periculosidade para presídios de segurança máxima do interior do Estado. A reação é imediata. O Comando envia seu código: Salve Geral. E São Paulo vira um inferno.

Inspirado em fatos reais, “Salve Geral” conta uma história de ficção das mulheres por trás do Comando e mostra que quando a lei e a ética são postas em questão o que impera é a força.

Assista o trailer AQUI.

sábado, 5 de setembro de 2009

Novo CD promete novidade com qualidade


Estou bastante motivado, pois estamos começando a produção do novo CD. A expectativa é de que esse trabalho será um marco na minha carreira de músico, por todo contexto envolvido.

O produtor musical do CD será o maestro Elias Jó (foto), um profissional com vasto currículo. Ele tem formação erudita e popular, e também trabalha com diversos artistas no Brasil e no exterior. Sua competência é tanta que foi convidado por Leandro Lehart para ser o co-produtor musical do seu DVD. Só isso já o credencia, considerada a fama de exigente do Lehart. Ele próprio admite isso no seu blog. “As pessoas mais próximas à mim, me criticam por não sossegar… rs Por ser um tanto perfeccionista e exigente demais no que diz respeito à acuidade e cuidado musical.” Aliás, diga-se de passagem, Lenadro Lehart é um dos músicos mais completos do país, seu currículo diz isso.

Jó promete por muito swing nos arranjos. Também vai utilizar metais e cordas.

Falando sobre as músicas que comporão o CD “Pra dizerem que falei dos espinhos”, mais uma vez teremos diversidade de ritmos. Os temas, sempre focando o mundo do profissional de segurança, abrangem para falar de amor, saudade, reflexão, alerta, auto-estima, incentivo etc. As mensagens estão vindo um pouco mais contundentes, conforme vinham solicitando os fãs. Ah! Também atenderei ao pessoal que gosta de música eletrônica em uma faixa, com um remix do CD De Policia.

Vamos fazer o making Of e postando aqui. O leitor do blog vai acompanhar e ver, sempre em primeira mão, os vídeos e as fotos. Em breve também anuncio o nome dos meus convidados. Até lá.