terça-feira, 26 de abril de 2011

Presidenta, sim. Comandanta, não!


Tenho percorrido o país, patrocinando e promovendo o Projeto Polícias Militares do Brasil, e estou tendo a oportunidade de conhecer as peculiaridades das corporações do nosso extenso país.

Embora entusiasmado, por ver nossos companheiros resistindo bravamente todas as adversidades inerentes a nossa profissão, entre elas a falta de investimento dos governos, em alguns casos, meramente por falta de recursos mesmo, não tenho perdido o foco das boas notícias vindas de São Paulo.

Há de se reconhecer, sem falsa modéstia, que nosso Estado está muito à frente da maioria das nossas coirmãs, não por falta de material humano competente, pois isso nossos companheiros das demais federações têm, e não é pouco, mas especificamente pelos recursos financeiros.

Recentemente a imprensa noticiou novas aquisições de equipamentos de alta tecnologia pelo governo paulista que reverterão em avanços significativos no combate ao crime, fruto dos esforços da cúpula da segurança pública, que se mobiliza e faz estudos constantes para não perder a guerra contra o crime organizado. E os resultados têm aparecido. Os índices apontam decréscimo na pontuação que determina a dança das cadeiras, caso não apresente tais resultados ora vistos.

Tenho observado também que a exposição da Polícia Militar na mídia em programas que retratam a rotina de atendimento de ocorrências, tão combatida no passado e resistida até como estratégia militar, tem contribuído sobremaneira para que o tão almejado reconhecimento comece a aparecer. Tenho constatado isso por onde tenho passado aqui pelo nordeste.

Todos esses avanços espelham na mesma intensidade a evolução e o prestígio que o Brasil tem conquistado no exterior, em momento oportuno, já que estamos às vésperas de uma Copa do Mundo, e certamente todo assunto relacionado ao produto segurança ganhará destaque na imprensa mundial.

Em que pese os motivos suficientes para comemorar, e o incontestável posicionamento do Estado de São Paulo na vanguarda das mudanças sociais e estruturais em nosso país, intriga detectar algumas posturas em descompasso com o status quo vigente, que beiram a incoerência e leva-nos à suspeita de que inovações assumem papel de verdadeira mediação por meio de medidas tomadas somente para provocar aplausos.

Uma dessas constatações se refere ao espaço da mulher policial, que tem a mesma formação que seu congênere de sexo masculino, mas é podada na ascensão profissional, sem qualquer amparo nas postulações do bom senso e da razão. Qual será a motivação para que uma mulher não assuma o cargo máximo da instituição ou da chefia da Casa Militar, um órgão de assessoria governamental, fantasiado de secretaria de Estado num momento em que uma mulher é o chefe supremo das Forças Armadas? Pois é, no regramento que rege a Polícia Militar uma cláusula garante apenas ao oficial de último posto do sexo masculino o direito a assumir o cargo máximo da instituição, ou seja, proíbe que uma mulher seja comandante-geral da corporação tão-somente por ser do sexo feminino, nada mais além disso.

Considerando que tal documento foi elaborado em tempos em que a mulher não tinha sequer seus direitos de cidadã respeitados, é oportuno que seja revisto para que não haja pretexto para que nossas brilhantes coronéis sejam preteridas, permitindo-lhes a oportunidade de concorrer ao cargo em igualdade de condições com os homens. Minha observação se faz em razão de estar constatando nas polícias que tenho visitado uma humanidade que não vi na minha instituição nos últimos 30 anos. E essa situação apontada é apenas uma das incongruências verificadas, entretanto pode-se constatar que há mais ênfase a resultados e procedimentos que valorização da pessoa humana voltada ao público interno.

Geraldo Vandré dizia: “Há soldados armados, amados ou não”. A sensação do desamor fica evidenciada quando vemos o descaso com policiais que em razão do serviço adquiriram deficiência física ou psicológica. Enquanto constatei que na Paraíba a PM cuida dos seus “feridos de guerra”, em São Paulo isso inexiste.

No passado talvez tenha sido devido ao regime militar e as falas ufanistas do tipo “soldado é superior ao tempo”. Hoje, talvez pela grandeza da corporação, as relações na caserna são pouco pessoais, e os profissionais são lembrados apenas por seus números de registros estatísticos. A partir do momento em que ficam inservíveis, são friamente substituídos, trazendo-me à memória a dramática cena dos nazistas acumulando corpos em valas rasas, dos judeus que foram condenados à morte por não lhes servirem para o trabalho.

Entendo que uma mulher no comando da instituição, além de historicamente ser o momento apropriado, contribuiria sobremaneira no resgate ao sentimento humano e fraternal e reverteria em benefício de bons trabalhos à população, numa leitura simples. Se o policial se sente amado, naturalmente ama.

Com a posse de Dilma Roussef, uma discussão ganhou espaço na mídia: A legalidade da exigência da primeira mulher a ocupar o cargo de ser chamada presidenta. Em detrimento da formalidade da língua portuguesa, sua vontade está sendo atendida, em contra- partida, enquanto não houver uma alteração no documento que rege a PM paulista, uma coisa é certa: não haverá uma mulher pleiteando ser chamada de comandanta.

crédito: foto extraída do site: http://www.mnp.org.br


MUDOU: Coincidência ou não, 16 dias após esse artigo ser publicado, o governador Geraldo Alckmin assinou (dia 12/5) mensagem que propõe à Assembléia Legislativa a unificação dos quadros feminino e masculino na PMESP. Agora ficamos na torcida para que tenhamos a primeira mulher ocupando o cargo de Comandante Geral.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Trailler dos Estados visitados no PPMB

Rio de Janeiro
Cel PM Costa Filho, Cmt Geral da PM do Estado do Rio de Janeiro


Espírito Santo
Cel Willian, Comandante Geral da PM do Espírito Santo


Minas Gerais


Goiás


Cel Raimundo Nonato Araújo Sobrinho, Cmt Geral da PMGO


Distrito Federal


Cel Rosback, Cmt Geral da PM do Distrito Federal


Tocantins

Cel Marielton, Cmt Geral da PM do Tocantins

Amapá

Cel Rezende, Cmt Geral da PM do Amapá


Pará


Cel Solano, Cmt Geral da PM do Pará



Acre

Cel PM Anastácio, Cmt Geral da PM do Acre



Rondônia



Mato Grosso

Mato Grosso do Sul

Cel David, Cmt Geral da PM do Mato Grosso do Sul




Paraná
Cel PM Nóbrega, Subcomandante da PM do Paraná




Santa Catarina

Coronel Nazareno Marcineiro, Cmt Geral da PM de Santa Catarina



Rio Grande do Sul

Cel BM Sérgio, Comandante Geral da Brigada Militar





Roraima

Cel PM Vitória - Cmt Geral da PM Roraima




Amazonas

Cel PM Almir Davi, Cmt Geral da PMAM



Maranhão















Cel PM Franklin, cmt geral da PM do Maranhão




Piauí




















Cel PM Rubens, cmt geral da PM do Piauí



Ceará



















Cel PM Werisleik, comandante geral da PM do Ceará



Rio Grande do Norte



















Cel PM Araujo, comandante geral do Rio Grande do Norte



Paraíba



















Cel PM Euller, cmt geral da PM da Paraíba



Pernambuco


















Cel PM Tavares Lira comandante geral da PM do Pernambuco



Alagoas
















Cel PM Dário Cesar que foi substituído pelo Cel PM Luciano na PM de Alagoas
.


Sergipe
















Cel PM Pedroso, comandante geral da PM de Sergipe




Bahia















Cel PM Mascarenhas, comandante geral da PM da Bahia

sábado, 16 de abril de 2011

De Cabedelo a Cajazeiras

Cel PM Euller, Comandante Geral da PMPB


Finalizei o trabalho e encerrei a permanência no Estado da Paraíba. Os registros feitos foram enriquecedores para o documentário.

Atendendo convite dos comandantes, proferi palestra motivacional com o tema “Orgulho de ser policial” aos policiais militares do 2º Batalhão (Campina Grande), comandado pelo Major João da Mata; 3º Batalhão (Patos), sob o comando do Ten Cel Almeida; 4º Batalhão (Guarabira), do comandante Ten Cel Ysmar, 6º Batalhão (Cajazeiras), comandado pelo Major Ronildo e do Centro de Educação (João Pessoa), que tem como diretor o Coronel Carvalho.

As conversas nos alojamentos, trajetos entre as cidades e happy hours foram reveladoras no sentido de humanizar nossos companheiros. Saber um pouco das aflições, anseios e expectativas de cada um. Tive excelente condição para realizar o meu trabalho.

Em Campina Grande, além do comandante, contei com a simpática recepção do Tenente Miguel, do Capitão Simão e dos Cabos Jurandir e Robervaldo.

Indo para Patos tive a companhia do Soldado Barboza e do Capitão Adeilton, que em apenas um trajeto de 175 km conquistarem a minha simpatia. Também destaco a atenção dos Aspirantes Vitor e Gabriela e dos Soldados Temporários Denísia e Cícero.

Indo para Cajazeiras fui ouvindo as muitas histórias do Soldado Etivaldo, que, de tão surpreendentes, encurtaram a distância entre as cidades. Ao chegar conheci pessoalmente o Capitão Segundo, um amigo do Orkut e o Tenente Bruno, gentil e competente.

No alojamento, num momento de descontração, me diverti com o tenente Edevaldo e o Capitão Junior Reis em suas interpretações de cenas do filme “Tropa de Elite”.

No dia seguinte o Capitão Junior Reis gentilmente me ofereceu carona até Guarabira, uma vez que iria a Recife visitar familiares. De palavra fácil e bem humorado, durante a viagem contou histórias, brincou com a criação de siglas e recitou uma poesia de Augusto dos Anjos.

Em Guarabira tive o privilégio de jantar com o Tenente Coronel Ysmar, com quem fiquei horas dialogando e sabendo um pouco mais do cotidiano de um comandante. Essa conversa contribuiu muito para que eu entendesse coisas simples sobre o ser humano que tem o compromisso de conduzir a tropa, mas que também tem suas necessidades.

Na Capital, hospedado no Centro de Educação, tive a oportunidade ímpar de ficar hospedado no alojamento dos Oficiais Superiores. Uma gentileza do Tenente Coronel Sales Junior, que - para minha satisfação - acompanhava o meu trabalho havia anos e, compreendendo o teor do documentário que visa mostrar nossos policiais na informalidade, me propiciou essa experiência durante um mês. Diariamente convivi com os Majores Ramalho, Costa e Montgomery que gentilmente me acolheram. Deles ouvi depoimentos da forma menos convencional possível. Hora abotoando a camisa da farda, deitado na cama ou limpando a fivela do cinto.

Do major Costa ganhei o livro de sua autoria “Uma sucata diferente”, da Editora Universidade Federal da Paraíba. Do Major Montgomery, a confissão de que só ia ao alojamento na hora do almoço para conversar comigo. Fiquei muito feliz.

Logo ao chegar ao CE fui recebido pela Tenente Matilde que, além de Relações Públicas da Unidade, estava de Oficial de Dia. No período em que permaneci em João Pessoa foi a minha parceira. Competente e sempre disposta, teve um trabalho fundamental para que o meu fosse facilitado.

Antes de partir, fui ao por do sol na praia do Jacaré, em Cabedelo, município vizinho a João Pessoa. Lá conheci o Jurandy do Sax, que se apresenta desde 1993 no local tocando o Bolero de Ravel, no por do sol. Ele é ex-Sargento da PMPB. Em atenção ao meu convite, tocou brilhantemente a introdução da música “Somos a Polícia Militar”, que vou inserir na versão acústica que vou gravar.

Embora tivesse que seguir viagem para Natal/RN no dia anterior, adiei para a quinta-feira, em atenção à solicitação do Diretor do CE para que eu proferisse uma palestra a tropa. Então, com a missão cumprida, peguei a minha mochila e o violão e parti.

Como tem sido nos outros Estados, deixei a Paraíba levando saudades. Constatei que a Briosa Corporação de Elísio Sobreira está cumprindo a sua missão. De Cabedelo a Cajazeiras.

Major Ramalho, boas conversas no alojamento

Recebi a Comenda de Amigo do CE

Tenente Matilde e a Gandola que me presenteou

Jurandy do sax, saiu da PM para seguir carreira artística

Ten Cel Ysmar, Comandante do Batalhão de Guarabira

Com Cap Simão, Sgt Marivaldo e alunos em Campina Grande

Com Capitão Segundo, de Cajazeiras/PB


Capitão Junior Reis recita "Versos Íntimos", de Augusto dos Anjos

terça-feira, 12 de abril de 2011

Músicas do Projeto Polícias Militares do Brasil

Em gratidão ao carinho que tenho recebido, estou compondo músicas para homenagear as corporações que estou visitando.

*As músicas já foram compostas, mas ainda não foram gravadas devido ao destinamento do orçamento por prioridade. (Entenderam?)

*Maranhão
*Piauí
*Ceará
*Rio Grande do Norte
*Paraíba

Pernambuco



Cheguei a Pernambuco no carnaval


Eu cheguei a Pernambuco em pleno carnaval


Nos arrecifes quem brincar o carnaval

Vai perceber a alegria no ar

E vai poder frevar e vai poder extravasar

Porque tem a segurança da Polícia Militar


O galo já cantou e a menina saiu para ver o seu amor

Colombina e Pierrot brincando em segurança, alegria e muita paz


E o soldado que cuida de ti oh! linda...

Te ama sem segredos de outros carnavais

Boa Viagem à Petrolina garantindo a diversão quem cuida é o Bloco do Camburão



Alagoas



Alagoas


Eu vim pra conhecer esse lugar

Também nossa Polícia Militar

E os seus valores

E obtive informações, resenhas e opiniões

Dizendo assim:


Ah! Lago, Alagoas tem na história pessoas

Humildes e cardeais – marechais, menestréis e marajás


E tem Maragogi, Penedo e Arapiraca - disputa no fuzil e na ponta da faca

De grandes nomes, de grande demanda...

Deodoro e Floriano e Graciliano Ramos – Tenente João Bezerra e Zumbi lá dos Palmares

Explique Aurélio Buarque de Holanda...


Eu descobri que a lei ao triunfar

A impunidade teve que deixar os seus costumes

Então a ordem se refez no Estado com entrepidez

Dizendo assim:


Ah! Lago, Alagoas... zela por suas pessoas

A terra do Djavan tem do Brasil a PM mais cidadã


Com onze batalhões e cinco Cias independentes

E para apoiar dez unidades especializadas

Com competência, todas bem treinadas

Porque merece a população que tem a esperança como alimento

Bola no pé veio do sertão a Marta de todos grande exemplo

Talento, garra e sonho alagoano


Eu vim pra conhecer esse lugar... e em Maceió o tom de azul do mar

Paraiso das águas...

E recebi dos meus irmãos... Apoio e colaboração... E concluí


Ah! Lago Alagoas... Ainda tem seus problemas

Mas pode melhorar porque tem a Polícia Militar.



Sergipe


Sergipe hospitaleiro


Terra onde o valente se enterra não tem pra Lampião, não tem para o ladrão

No perigo não precisa agoniar, ligue 190: Polícia Militar


Tem meu São Cristóvão, Laranjeiras das belezas naturais, dos eventos culturais

Povo hospitaleiro, amigueiro, do sertão a Propriá, de Estância a Itabaiana


Não precisa que aumente pra ser competente

Nem tampouco muita gente para ser eficiente


De Canindé de São Francisco, a luz que vem iluminar

Faz de Xingó nosso motivo pra orgulhar

Da mesma forma o petróleo, outra fonte de riqueza

No Sergipe a vocação é a grandeza


Sua Capital Aracaju, terra das araras e dos cajus

E das pessoas que tem bons hábitos

Bom lazer, boa gastronomia tem na orla mais bonita

Lá na praia de Atalaia.



Bahia



Ser feliz na Bahia é tradição


Ser feliz na Bahia já é tradição

Do Farol da Barra até no sertão

E quem lhes garante esse bem-estar

Vou lhe apresentar é a Polícia Militar


Olha pra aqui e acolá, tem um polícia militar 3x

É só olhar que vai achar


No futebol tem Bahia e Vitória

Fazendo parte da história está lá

No carnaval cuida de quem está, quem vai chegar

Por isso eu visto o abadá da Polícia Militar


O Choque a COPPA o Esquadrão Águia

Cavalaria, a Patrulha e o Canil

Pelos atalhos vão chegar o Garra e o GRAer

E a beleza eficiente da mulher

Pra desestimular a criminalidade

Caatinga no sertão, Rondesp na cidade