domingo, 29 de junho de 2008

Por que eu canto?



Desde pequeno fui criado num convívio musical. Meu pai era saxofonista amador, mas seu amor pela música acabou nos alcançando também. Como autodidata me iniciei no violão e depois no cavaquinho. Logo percebi que também queria fazer as minhas músicas, e assim descobri que tinha o dom para tal.

Em 1996 gravei um CD. Todas as composições eram de minha autoria. Eram canções que falavam de amor, basicamente. Porém, por falta de oportunidade para divulgar o trabalho, sequer mandei fazer as cópias. Guardo comigo até hoje a matriz que não foi reproduzida.

Em 1997, quando trabalhava no policiamento, comecei observar que não existiam canções que retratassem a rotina policial senão para depreciar os profissionais responsáveis por esse trabalho. Então decidi mudar esse quadro. Gravaria um CD só com músicas sobre o tema.

Enquanto projetava esse trabalho, descobri que seria muito bom ter um parceiro. Então a escolha de um não foi difícil, já que anteriormente o Capitão Rivaldo já tinha sido meu parceiro em algumas canções. Falei com ele que aceitou de imediato.

O resultado foi o lançamento do CD “De Polícia”, em 2000, que teve uma repercussão muito boa na mídia e nos quartéis. Foram vendidos cerca de 5 mil CDs, de forma artesanal.

Com a passagem para a reserva, meu parceiro decidiu priorizar outros projetos, então segui o meu caminho.

O que me move lançar o próximo CD, que se arrasta numa novela de quase 4 anos, são as mensagens que recebo quase que diariamente para continuar nessa caminhada de apoio aos policiais, através da música. Algumas estão aqui no blog em depoimentos.

O meio artístico é muito difícil. As lições de comprometimento, lealdade e disciplina que aprendi no quartel nem sempre são aplicadas no show business. Logo, o que foi acertado numa reunião cheia de boas intenções, não vale nada no dia seguinte.

O lado bom da minha experiência artística é que a exerço por objetivos idealizados. Essa é a minha satisfação. O meu sustento não depende dessa atividade. Porém, não posso bancar esse ideal. Por isso a busca por parcerias, que felizmente tem surgido.

Já tenho a nova data para lançar o “Profissão Coragem”. Mas aviso apenas no dia em que chegar as caixas de CD, direto da Zona Franca de Manaus.

Como policial sirvo a sociedade. Como músico, aos policiais.

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